Symonds crê em ascensão da Renault e teme queda de Schumacher

Ex-chefe de engenharia da Renault, Pat Symonds disse nesta segunda-feira que confia que a atual equipe - agora parceira do Grupo Lotus - tem totais condições de ameaçar o trio dominante da Fórmula 1, formado por Red Bull, Ferrari e McLaren.

O inglês, que trabalhou com Michael Schumacher em 1994 e 1995 e com Fernando Alonso em 2005 e 2006 (época em que foram campeões mundiais), lembrou que, da década de 80 até o ano passado, as equipes dominantes nos mundiais, tanto de construtores quanto de pilotos, eram Ferrari, McLaren, Williams e o grupo Benetton/Renault.

"Parece que veremos os mesmos antigos protagonistas lutando na ponta, mas a Renault está em uma boa posição. Tenho minhas tendências a dizer isso, por ter trabalhado lá por um longo tempo, mas eles são um ótimo grupo e deram um ousado passo no ano passado ao atualizar o túnel de vento durante o inverno", elogiou.

Sobre Schumacher, Symons analisou o comportamento do carro do alemão e como ele foi superado pelo companheiro de equipe Nico Rosberg. "Primeiramente, tenho que dizer que fiquei muito surpreso. Quando foi anunciado que ele estava voltando, pensei que estaria lutando na frente", admitiu.

"Uma das coisas que eu sei sobre Michael é que ele consegue adaptar seu estilo de pilotagem a qualquer carro, então, acho um pouco difícil de acreditar que o carro não casou com seu jeito de guiar", analisou.

"Alguém pode dizer que, no fim do ano, ele estava mais competitivo do que no início. Isso é verdade, mas ele não fez exatamente o que eu estava esperando. Então, não tenho tanta certeza de que ele ainda está lá", concluiu Symons, que ainda fez questão de dizer que torce pelo sucesso de Schumacher em seu retorno à Fórmula 1.