domingo, 11 de julho de 2010

Transferências agitam o planeta bola Segunda-feira 5 de julho de 2010

Durante um mês, a Copa do Mundo da FIFA é o centro das atenções do planeta bola. Mas enquanto jogadores de quatro seleções disputam vagas na grande final da África do Sul 2010, outros astros dos gramados já se concentram em definir o seu futuro no futebol de clubes. O FIFA.com repassa as principais transferências das últimas semanas.

Como sempre, o currículo de atletas já consagrados foi abrilhantado ainda mais por suas atuações no Mundial. O Real Madrid, por exemplo, decidiu oferecer ao atacante argentino Gonzalo Higuaín o mesmo apoio de que ele desfruta na seleção, contratando o meia-esquerda do Benfica Ángel di María.

No rival Barcelona, que anunciou a chegada de David Villa antes da abertura da Copa do Mundo da FIFA 2010, o momento é de despedidas. O marfinense Yaya Touré jogará ao lado do irmão Kolo no Manchester City. O clube inglês receberá ainda dois semifinalistas da África do Sul 2010: o espanhol David Silva, que deixou o Valencia, e o alemão Jerome Boateng, que encerrou o seu contrato com o Hamburgo.

O Hamburgo perde um jogador do selecionado germânico mas ganha um da equipe da República Tcheca, o goleiro Jaroslav Drobny, que estava no Hertha Berlim, rebaixado para a segunda divisão. O Wolfsburg também aproveitou a fase ruim do time da capital alemã para reforçar o plantel com o defensor Arne Friedrich, que está na África do Sul. O Schalke 04, vice-campeão da Bundesliga, contratou o zagueiro do Japão e do Kashima Antlers Atsuto Uchida. Mas a contratação que mais agitou o futebol alemão coube ao Bayern Leverkusen, que recuperou o ídolo Michael Ballack, a grande ausência da equipe de Joachim Löw no Mundial. O meio-campista, cujo contrato com o Chelsea chegou ao fim, voltará ao clube com que fez muito sucesso entre 1999 e 2002.

Em Londres, quem assume o lugar de Ballack é Yossi Benayoun. Depois de ter passado por West Ham e Liverpool, o meia-atacante israelense continua na Inglaterra para vestir a camisa dos Blues. Para compensar a perda, o Liverpool trouxe do belga Standard de Liège um jogador que causou sensação no sul da África: o sérvio Milan Jovanovic, autor do gol da vitória sobre a Alemanha na primeira fase. O também sérvio Nikola Zigic troca o Valencia pelo Birmingham. Outra nova ameaça para os zagueiros ingleses é o argentino Mauro Boselli, bicampeão da Copa Libertadores da América em 2007 com o Boca Juniors e em 2009 com o Estudiantes. O atacante viverá no Wigan a sua segunda experiência no futebol europeu, após uma passagem discreta pelo Málaga em 2005/06.

O zagueiro portenho Gabriel Paletta deixa o Boca Juniors para tentar a sorte na Europa também pela segunda vez. Após uma temporada ruim e apenas três jogos disputados pelo Liverpool em 2006/07, Paletta voltará ao Velho Continente para defender as cores do Parma, cujo ataque será liderado pelo búlgaro Valeri Bojinov, que assinou com o clube ao término do seu período de empréstimo. Ainda na Itália, a Juventus decidiu apostar nos talentos locais contratando duas promessas da Azzurra: o meia-atacante Simone Pepe e o zagueiro Leonardo Bonucci. Os dois participaram da África do Sul 2010 e chegam respectivamente da Udinese e do Bari. Outro que esteve no sul do continente africano e agora troca de camisa na Série A é o argelino Abdelkader Ghezzal. Ele deixou o rebaixado Siena rumo ao Bari.

Na França, o Paris Saint-Germain abre a janela de contratações com o versátil Mathieu Bodmer, que passou os últimos meses no departamento médico do Lyon. O heptacampeão francês perde também Sidney Govou, de saída para o Panathinaikos. Para substitui-lo, o time trouxe do Rennes o atacante Jimmy Briand, que estreou na seleção nacional durante as eliminatórias para a África do Sul 2010. Quem tem a responsabilidade de balançar as redes pelo Rennes agora é o colombiano Victor Hugo Montaño, que passou quatro anos no Montpellier. Outra baixa importante na equipe é a do meia argentino Alberto Costa, contratado pelo Valencia.

O malinês Mouhamadou Dabo também está trocando o futebol francês pelo espanhol. Ele deixa o Saint-Étienne para defender o Sevilla na próxima temporada, enquanto Laurent Batlles chega ao clube vindo do Grenoble. Além de disputar a segunda divisão na próxima temporada, o Grenoble ainda perdeu o esloveno Bostjan Cesar, que irá para o Chievo depois do Mundial.

O sul-coreano Cha Du-ri foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA 2010 e agora se concentra na ida para o Celtic. Ele havia passado oito anos na Alemanha, o último deles no Freiburg. O uruguaio Egidio Arévalo foi um dos responsáveis pela eliminação da Coreia do Sul e segue na briga pelo título mundial. As atuações do volante no Monterrey mexicano e nos estádios sul-africanos convenceram os dirigentes do Peñarol a repatriá-lo.

Enfim, Portugal deixou a competição cedo demais, mas talvez a campanha lusitana tivesse outro destino com a presença de João Moutinho, preterido pelo técnico Carlos Queiroz. O fato é que o Porto confia no meio-campista e conseguiu fazer com que ele deixasse o Sporting, com quem disputou 173 partidas desde a sua estreia profissional em 2004.

Designer critica severamente logotipo da Copa do Brasil em 2014

Campinas, SP, 11 (AFI) - O logotipo da Copa do Mundo do Brasil não representa o país, sentencia o designer gráfico Alexandre Wollner. Autor de mais de 180 logotipos - entre eles alguns bem familiares, como o do Itaú ou da Papaiz - ele ficou bastante insatisfeito com a marca oficial da Copa de 2014.

"É uma porcaria", lamenta.

A piada que ficou famosa no Twitter depois da divulgação do logo na quinta-feira (8) comparou a marca com a silhueta do líder espírita Chico Xavier. Wollner também enxergou no desenho um rosto, mas fez uma crítica ainda mais ferrenha.

"Olha bem para o desenho: é uma cara com a mão no rosto dizendo "que vergonha". Sabe quando você fala "que vergonha" e põe a mão no rosto?"

O objetivo do logo é representar a taça da Copa usando mãos que se entrelaçam. A escolha, porém, foi cercada de polêmica. A ADG (Associação dos Designers Gráficos do Brasil) publicou uma nota em que disse que foi excluída do processo pela Fifa. Além disso, o júri que elegeu o vencedor não foi composto por especialistas, mas tinha a modelo Gisele Bündchen, o escritor Paulo Coelho e a cantora Ivete Sangalo.

Para Wollner, o processo foi antiético:

"É isso que é a falta de ética. Não respeitam os profissionais, o profissionalismo".
Forlán é eleito o melhor da Copa e recebe a Bola de Ouro
Campinas, SP, 11 (AFI) - Eliminado na semifinal e grande estrela do Uruguai na Copa do Mundo, o atacante Diego Forlán foi eleito o grande jogador do Mundial em eleição realizada pela FIFA, encerrada logo após a final entre Espanha e Holanda, vencida pelos espanhóis por 1 a 0.

O jogador marcou cinco gols neste Mundial, encerrando a competição na artilharia, ao lado de Sneijder, Müller e Villa. Ao conntrário dos outros atletas, porém, Forlán atuava por um time considerado "azarão" e foi o grande comandante da equipe uruguaia, que terminou no quarto lugar desta Copa.

Autor de vários golaços, Forlán também quebrou uma tendência nos Mundiais: o melhor jogador da Copa sempre saía da final, desde 1990, última vez em que um jogador que não jogou a decisão levou a honraria. Na ocasião, Schillaci, da Itália, faturou o "título". Em 1994, 1998, 2002 e 2006, um jogador que participou da final sempre faturou o prêmio de melhor do Mundial.{

Confira os vencedores:

1982 - Paolo Rossi (ITA)
1986 - Maradona (ARG)
1990 - Schillaci (ITA)
1994 - Romário (BRA)
1998 - Ronaldo (BRA)
2002 - Kahn (ALE)
2006 - Zidane (FRA)
2010 - Forlán (URU)
Meia-atacante alemão é eleito o jogador revelação da Copa do Mundo
Campinas, SP, 11 (AFI) - A Copa do Mundo chegou ao seu final, com a vitória de 1 a 0 da Espanha sobre a Holanda na decisão do título. Com o torneio acabado, chegou a hora das premiações individuais. Logo após o duelo, a FIFA já divulgou o vencedor do prêmio de jogador revelção deste Mundial: Thomas Müller, da Alemanha.

O jovem meia-atacante germânico, de 20 anos, foi convocado de última hora para atuar no Mundial, mas deixou sua marca, anotando cinco gols nesta Copa do Mundo e deixando seus companheiros na cara do gol por diversas oportunidades.

Orgulhoso, Müller exaltou o trabalho realizado pelo técnico Joachim Low e agradeceu à equipe pelo prêmio conquistado. "É uma confirmação do bom trabalho realizado no ano que passou e é uma honra ser comparado a Beckenbauer ou Pelé. Mostra também que na Alemanha se faz um bom trabalho com os times de base", disse.

"Por isso quero agradecer à comissão técnica do Bayern de Munique e aos responsáveis pela equipe nacional pela oportunidade que me foi dada e pela confiança em mim depositada. Foi um prazer enorme ter jogado com os meus colegas na seleção", afirmou, sem deixar de lamentar o título que não veio.

"Preferiria, no entanto, que tivéssemos conquistado o título de campeões mundiais", concluiu a jovem promessa.
A Bola do Jogo Jo'bulani









Holanda 0 x 1 Espanha - Copa do Mundo conhece o campeão inédito
Campinas, SP, 11 (AFI) – Foi no sufoco, mas a Espanha finalmente conquistou a sua primeira Copa do Mundo. Neste domingo, jogando no Estádio Soccer City, em Joanesburgo, a seleção espanhola bateu a Holanda, por 1 a 0, com um gol marcado por Iniesta aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação. Cerca de 84.490 pessoas compareceram ao local e prestigiaram um jogo bastante equilibrado.

Esse foi o primeiro título da história da Fúria, que foi superior durante todo o confronto. Já a Laranja Mecânica não conseguiu mostrar o mesmo futebol dos últimos jogos e acabou ficando com o vice-campeonato – o terceiro da sua história - e aumentando ainda mais o título de seleção amarelona.

Além disso, o título coroou a participação do Polvo Paul nesta Copa do Mundo na África do Sul. O animal manteve com 100% de aproveitamento em seus palpites. Na última sexta-feira, ele havia apostado que a Espanha iria conquistar o Mundial, assim como a Alemanha iria ficar na terceira colocação, coisas que acabaram se concretizando neste final de semana.

Marcas históricas!
Com a conquista da Espanha, o continente europeu passou na frente da América do Sul em número de títulos conquistados. São 11 taças (Itália - quatro vezes; Alemanha três; Inglaterra, França e Espanha um cada) contra nove (Brasil cinco vezes; Argentina e Uruguai duas).

Além disso, a Fúria conseguiu um feito que somente o Brasil havia conquistado em 80 anos de Copa. Desde que o primeiro Mundial foi disputado, no Uruguai, somente a Canarinha levantou a taça em outro continente. A Seleção conquistou o título de 1958, na Suécia, e o de 2002, na Coréia do Sul/Japão.

Caminhos diferentes
As duas seleções encararam caminhos bem parecidos durante o Mundial. Contando com um pouquinho de sorte, ambas escaparam de uma maratona de confrontos contra seleções de tradição. A Holanda, por exemplo, teve pela frente Japão, Dinamarca e Camarões na primeira fase.

A única pedreira foi o Brasil, já que passou pela Eslováquia nas oitavas e o valente, porém limitado, Uruguai nas semifinais. Até por isso, os holandeses conseguiram acumular seis vitórias em seis jogos, perdendo justamente no momento em que mais precisa do resultado positivo.

A Espanha também teve um grupo relativamente fraco, na primeira fase. Mesmo assim, perdeu a estreia para a Suíça, e depois recuperou-se contra Chile e Honduras. Nas oitavas, passou por uma seleção portuguesa esfacelada e nas quartas superou o Paraguai. Somente na semi pegou a Alemanha e, aí sim, confirmou sua força.

Equilíbrio e muitos cartões
Com duas seleções que saem em busca do gol, o começo do jogo teve três bons lances de perigo. Logo aos cinco minutos, Xavi cruzou para a área e Sérgio Ramos cabeceou firme, mas Stekelenburg fez grande defesa. No rebote, Piqué bateu e parou novamente no camisa 1 holandês.

Na sequência, Kuyt aproveita falha de Xabi Alonso e bate de longa distância, mas para na defesa tranquila de Casillas. A resposta espanhola saiu aos 17 minutos, quando Villa pegou cruzamento de Xavi e bateu na rede pelo lado de fora.

Aos 17 minutos, Sneidjer cobrou falta direta nas mãos do goleiro adversário. O jogo ficou bastante equilibrado e somente uma bola despretensiosa levantou a torcida. Heitinga foi devolver para Casillas, mas pegou muito forte e quase encobriu o camisa 1 da Espanha, que de um tapinha e mandou para esncateio. Na cobrança, Sneidjer devolveu a bola para o adversário.

A seleção espanhola voltou a assustar aos 38 minutos. Pedro recebeu de fora da área e bateu forte, assustando o goleiro Stekelenburg. A última chance da Laranja Mecânica aconteceu aos 45, quando Robben chutou rasteiro e Casillas mandou para escanteio. Bastante disputado, o primeiro tempo ficou marcado pelo grande número de cartões amarelos: 3 para a Holanda e dois para a Espanha.

Nada de gols
Diferente do primeiro tempo, que começou bastante movimentado, as duas seleções voltaram mais cuidadosas do intervalo. Aos seis minutos, Robben arriscou de fora da área e Casillas fez tranqüila defesa. Na sequência, Xavi cobrou falta por cima da barreira e quase a acertou o ângulo de Stekelenburg, que apenas acompanhou.

A melhor chance do jogo aconteceu aos 16 minutos. Sneidjer deu um grande lançamento para Robben, que invadiu a área e tocou na saída de Casillas, que fechou muito bem o ângulo e fez uma linda defesa, salvando a Espanha. O confronto ficou novamente concentrado no meio-campo até os 24 minutos, quando a Espanha criou uma grande chance.

Navas fez uma boa jogada e cruzou rasteiro. Após atrapalhada de Heitinga, a bola sobrou para Villa, que bateu para o gol e o zagueiro holandês se redimiu, mantendo o placar em igualdade. O artilheiro da Copa voltou a assustar aos 31 minutos. Villa recebeu passe de Xavi e bateu, mas a bola foi desviada e saiu para escanteio. Na cobrança, Sérgio Ramos subiu livre e cabeceou por cima do gol, perdendo grande oportunidade.

Robben perdeu mais uma grande chance aos 38 minutos. O atacante arrancou em velocidade e saiu na cara de Casillas, mas tentou driblar o goleiro adversário, que mais uma vez saiu muito bem e ficou com a bola. Faltando pouco tempo para o término do jogo, as duas seleções pouco se arriscaram e esperaram o apito do árbitro, levando a decisão para a prorrogação.

Espanha perde muitos gols!
A primeira grande chance da prorrogação foi da Espanha. Após confusão dentro da área, a bola sobrou para Villa, que bateu forte em cima da zaga adversária, conquistando o escanteio. Os jogadores espanhóis ficaram pedindo pênalti em Iniesta no mesmo lance.

Na sequência, Iniesta deu grande passe para Fábregas, que invadiu a área e tocou na saída de Stekelenburg. Porém, o goleiro holandês salvou fechando bem o ângulo. Aos dez minutos, Navas recebeu e bateu forte, mas a bola tocou no zagueiro e acertou a rede do lado de fora.

Mostrando mais vigor físico, a Espanha era superior em campo e assustou mais uma vez. Fábregas fez grande jogada individual, deixou três marcadores para trás e bateu para fora no último lance de perigo do primeiro tempo.

Fúria conquista título inédito
A Espanha ficou em superioridade numérica aos quatro minutos do segundo tempo, quando Heitinga puxou Iniesta na entrada da área e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o gramado mais cedo.

Na cobrança de falta, Xavi pegou mal e mandou por cima do gol de Stekelenburg. Com um a menos, a Holanda assustava apenas em lance de bola parada. Aos nove minutos, Sneidjer cobrou falta de longa distância, mas a bola desviou na barreira e passou raspando a trave de Casillas.

O gol do título saiu aos 11 minutos do segundo tempo. Navas tocou para Iniesta, que dominou a bola na entrada da área e bateu na saída do goleiro adversário, praticamente liquidando o jogo. Os holandeses reclamaram bastante da arbitragem, mas não conseguiram mostrar forças para ir em busca do empate.

Ficha Técnica

Holanda 0 x 1 Espanha

Local: Soccer City, em Joanesburgo
Árbitro: Howard Webb (ING)
Cartões Amarelos: Van Persie, Van Bommel, Van Bronckhorst, Heitinga, Robben, Van der Wiel, Mathijsen e De Jong (Holanda); Puyol, Capdevila, Xavi, Iniesta e Sergio Ramos (Espanha)
Cartão Vermelho: Heitinga (Holanda)
Gol: Iniesta aos 11’/2T da prorrogação (Espanha)

Holanda
Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst (Braafheid); De Jong (Van der Vaart), Van Bommel e Sneijder; Robben, Van Persie e Kuyt (Elia).
Técnico: Bert van Marwijk

Espanha
Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Fábregas), Xavi e Iniesta; Pedro (Navas) e David Villa (Fernando Torres).
Técnico: Vicente del Bosque