sexta-feira, 4 de março de 2011

Com oposição fraca, Leonel Martins, acusado de corrupção, é reeleito no GuaraniO presidente teve cerca de 68% dos votos nas eleições desta segunda-feira
Campinas, SP, 01 (AFI) - O presidente do Guarani, Leonel Almeida Martins de Oliveira, foi escolhido nesta terça-feira para ficar mais três anos no comando do clube. No poder do Bugre desde 2006, Leonel Martins vem sendo um fracasso como presidente bugrino, mas teve sua reeleição facilidade pela fraca oposição, que apresentou como candidato Horley Sena (foto), totalmente desconhecido.


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As eleições foram realizadas nesta terça-feira no Ginásio de Esportes do Guarani e o que era esperado aconteceu. Com cerca de 68% dos votos válidos Leonel Martins levou o pleito. O novo-velho presidente do Bugre recebeu 364 votos, enquanto seu "adversário" teve 168 lembranças nas urnas.

Máscara de Leonel Martins caiu
Ao longo da campanha eleitoral, a máscara de Leonel Martins de Oliveira caiu e denuncias sérias de corrupção foram apresentadas contra o presidente reeleito. Recentemente, o Portal Futebol Interior já havia apresentado documentos que demonstravam que Leonel Martins usava dois CPFs em suas atividades obscuras, além de estar economicamente quebrado quando havia assumido o Guarani em 2006.

Mesmo com um farto material atestando a desequilibrada vida pessoal de Leonel Martins de Oliveira, os constantes rebaixamentos da equipe de futebol , o aumento da dívida do clube e a obscura venda do Estádio Brinco de Ouro, a oposição fez a opção de apresentar uma candidatura frágil, sem qualquer consistência. A ineficiência da oposição deu a entender que ela foi criada apenas para evitar que o ex-presidente Beto Zini saísse como candidato, facilitando a vida dos que estão no poder no Guarani.

"Estava pronto para ser candidato e tenho certeza que iria ganhar do Leonel. Em qualquer confronto com o Leonel, eu não saio derrotado. Além de ser uma pessoa transparente com minhas atividades pessoais e empresarias, se fizer uma comparação do que eu fui como presidente e do que ele foi, não tinha como perder", , explicou Beto Zini.

Entre várias denúncias, a principal delas contra Leonel Martins de Oliveira, que sempre teve fama de "bom moço" foi uma viagem paga por pessoas que têm interesse na venda do Estádio Brinco de Ouro. Leonel Martins e sua esposa foram viajar para Portugal com passagens pagas por terceiros.

Leonel Martins não soube explicar os motivos e porque o ex-presidente José Luiz Lourencetti foi o avalista do pagamento destas passagens. Denúncia de nepotismo também foram feitas, dando conta de empregos para o filho do próprio Leonel Martins e da nora do vice-financeiro, Jurandir Assis.


Oposição? Que oposição?
"Já tínhamos estruturado toda uma equipe jurídica para que as eleições fossem, pelo menos, mais moral. Mas, infelizmente, este pessoal da oposição não quis e, mesmo com toda a estrutura que estava montando, um tal de Palmeron não deixou eu ser candidato pela oposição. Não tenho dúvida que iria ganhar do Leonel e fazer o Guarani a voltar a ser grande e respeitado, como era comigo"

Palmeron, citado por Beto Zini, é o advogado Palmeron Mendes Filho (foto), que comandou a oposição e apresentou como seu "laranja" para disputar a presidência do Guarani o também advogado Horley Senna, ambos ligados ao ex-vereador Cid Ferreira de Souza, a quem prestam serviços.

Além de Palmeron e Horley, um grupo de jovens bugrinos também tentou montar uma chapa, mas logo muderam de ideia dentro da inteligente estratégia do atual presidente do Conselho Deliberativo, e Promotor de Justiça nas horas vagas, José Carlos Meloni Sícoli. Como uma raposa, Sícoli neutralizou a oposição, evitando que houvesse uma candidatura forte capaz de derrotar Leonel Martins de Oliveira.

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