quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Rússia e Catar surpreendem e sediarão Copas de 2018 e 2022

Com um pouco de atraso, a Fifa anunciou na tarde desta quinta-feira, em Zurique, na Suíça, de forma surpreendente que Rússia e Catar serão as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente. Entre outros, os países vencedores desbancaram Inglaterra, Estados Undios e Coreia do Sul, países com bastante força econômica.

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Com o resultado, os russos venceram a disputa contra a Inglaterra, berço do futebole que já recebeu o Mundial em 1966, e as candidaturas conjuntas de Espanha/Portugal e Holanda/Bélgica. Já o Catar, que promoverá pela primeira vez a competição no Oriente Médio, deixou para trás Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália.

A cerimônia que revelou o nome dos países começou com exatos 28 minutos além do tempo programado para o início, às 13h de Brasília, o que supõe que houve dúvidas no processo de escolha. Coube ao secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, ser o primeiro a falar oficialmente. Ele fez questão de salientar o processo de eleição, lembrando que foram 22 os membros votantes.

Na sequência, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, tomou a palavra, discursou por alguns minutos e aí abriu o envelope que trazia o nome da Rússia. Após alguma festa no palco, o mandatário retomou a palavra, abriu um novo envelope e anunciou que o Catar seria o país-sede de 2022.

No discurso pós-escolhas, Blatter argumentou que a ideia da Fifa foi a de optar pelo novo, no caso, referindo-se ao fato de não repetir velhas sedes e de levar a Copa do Mundo a lugares em que o futebol vem desenvolvendo-se. As palavras batem com o da apresentação da candidatura russa, mais cedo, que apelou para a novidade.

Histórico

Esta foi a primeira vez depois de 44 anos que a Fifa escolheu mais de uma sede no mesmo dia. Antes disso, o fato já havia ocorrido em duas oportunidades. Em 1946, os delegados decidiram que a Copa de 1949 seria no Brasil e que a de 1951 seria na Suíça. Depois, os torneios foram remarcados para 1950 e 1954.

Já em 1966, o órgão máximo do futebol anunciou um pacote triplo. Em 7 de julho daquele ano, a apenas quatro dias para o início da Copa da Inglaterra, foram confirmadas como sedes Alemanha Ocidental (1974), Argentina (1978) e Espanha (1982).

Diferentemente das duas últimas escolhas, 2010 e 2014, quando a Fifa praticamente impôs África do Sul e Brasil como locais do Mundial, desta vez a eleição foi cercada por muita expectativa pelo alto número de postulantes e, principalmente, pelos recentes escândalos que atingiram a entidade.

Em outubro, o jornal inglês "Sunday Times" fez uma reportagem na qual uma gravação mostrava dois membros executivos da entidade, o nigeriano Amos Adamu e o taitiano Reynald Temarii, negociando votos para a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.

Ambos foram punidos e não puderam votar na eleição desta quinta, que ficou com apenas 22 membros do Comitê Executivo aptos a darem seu veredito. Já nesta semana, publicações alemã e suíça e a "BBC" trouxeram à tona que integrantes da Fifa estavam em uma lista de pagamentos da falida ISL, ex-parceira do órgão.

Entre os citados, aparecem o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o presidente da Conmebol, Nicolas Leoz, e o mandatário da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou. Segundo as informações, o brasileiro, por exemplo, recebia dinheiro via uma empresa chamada Sanud e com sede registrada em Lichenstein, na Europa.

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