Torcida do Guarani exige ingressos para ver a "final" no EngenhãoDiretoria nunca se preocupou em garantir bilhetes para seus torcedoresCampinas, SP, 2 (AFI) – O clima tenso, de revolta e protestos do Guarani ganhou mais um ingrediente negativo nesta quinta-feira. Uma discussão à respeito da falta de ingressos aos bugrinos que desejam ver a despedida do time contra o Fluminense, domingo, no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, pela última rodada do Brasileirão 2010. Alguns torcedores reclamam da falta de empenho da diretoria em garantir a presença de sua torcida neste jogo decisivo.

A Rádio Central de Campinas ouviu o presidente do time carioca, Roberto Horcades, sobre o caso.
“Nós fizemos um acordo com a diretoria do Guarani para mandar 200 ingressos. E vamos cumprir este acordo”, proclamou.

Em Campinas, quando questionado, o responsável pelo setor discordou. Para Oduvaldo Luis de Camargo, diretor responsável no Guarani, realmente houve uma consulta inicial (“de uma pessoa) por parte do time carioca, na terça-feira, “sobre quantos torcedores iriam ao Rio de Janeiro. Em princípio iriam dois ônibus da Fúria (Independente). Então calculamos que precisaríamos de uns 250 ingressos, porque outros torcedores, certamente, iriam por meios próprios”.

Mas na quarta-feira, ocorreu uma mudança de estimativa.

“Fomos informados de que a Fúria já teria lotado 10 ônibus, então precisaríamos de 450 ingressos, incluindo as pessoas que iriam com recursos próprios”, explicou Camargo.

Medidas de praxe
Mas nesta confusão, há duas medidas de praxe utilizadas pela direção do Guarani, que não se importa com seus torcedores. Uma delas é de que jamais reserva ou adquire ingressos para a sua torcida quando o jogo é fora de Campinas. A outra é que não reserva espaço fora de casa.
“É obrigação do time mandante deixar 10% dos ingressos para o time mandante. Aqui em Campinas, no Brinco de Ouro, nós sempre reservamos espaço para os visitantes, que muitas vezes, fica até vazio”, explica Camargo.

O dirigente alegou desconhecer que a direção da Fúria Independente comprou bilhetes no Rio de Janeiro. Isso teria acontecido numa parceria com a Young Flu, torcida organizada do Fluminense.

Diante dos protestos de alguns torcedores bugrinos, a diretoria, através do vice-presidente Jurandir Assis, confirmou ao microfone da Rádio Central, no início da noite, que iria oficializar a Federação Paulista de Futebol para que a mesma encaminhasse à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a solicitação de espaço para sua torcida dentro do Engenhão.