quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Em janeiro, Havelange cravou a Rússia como sede da Copa de 2018 à revista ESPN

Foram 24 anos de Fifa. Tempo suficiente para Jean-Marie Faustin Godefroid Havelange, o João Havelange, entender como as coisas são definidas por lá. Presidente honorário da entidade, o cartola de 94 anos vive ainda hoje decisões como a escolha das futuras sedes de Copas do Mundo.

Em entrevista à edição de janeiro da revista ESPN, ele já se antecipava ao anúncio desta quinta-feira, em Zurique, na Suíça, e cravava a Rússia para 2018.

“Eu daria à Rússia, que é cem vezes mais importante [que Holanda e Bélgica]. Em 2008, o presidente da Rússia, o Vladimir Putin, queria que Sochi fosse sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Nos encontramos em Cingapura. Disse a ele para ficar tranquilo, que teria meu voto. E eles ganharam. Você precisa ver que país fantástico!”, afirmou na época.

Levado à presidência da Fifa por votos do Leste Europeu, Havelange não se mostrava preocupado com a fragilidade do regime democrático russo.

“O senhor fala como jornalista e eu falo como presidente da Fifa. Nada disso me interessa. Eu não sou político, eu vejo esportivamente o que a Rússia representa. Ela é um poder esportivo só. O senhor veja a Rússia nas Olimpíadas: antigamente, quando tinha a Ucrânia e todos aqueles países, não perdia nunca. Agora, fica em segundo”, analisou.

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