domingo, 28 de novembro de 2010







Atlético-GO 1 x 1 São Paulo – Vacilo leva definição para SalvadorDragão escaparia com vitória e decepcionou quase 30 mil torcedoresGoiânia, GO, 28 (AFI) – O Atlético-GO deixou escapar a chance de se livrar da ameaça do rebaixamento no Campeonato Brasileiro ao empatar com o São Paulo, por 1 a 1, neste domingo à tarde, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela 37.ª rodada, a penúltima da temporada.


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Com 41 pontos, o Atlético ficou em 16.º lugar e depende de um empate com o Vitória, em Salvador, na última rodada. Se vencesse, o time goiano estaria livre da queda. Quase 30 mil torceores apoiaram o Dragão, que levou o maior público ao Serra Dourada neste ano. O desmotivado São Paulo ficou com 52 pontos, em nono lugar.

Motivação no Dragão
O Atlético entrou em campo defendendo uma série positiva em casa. Venceu o Vasco da Gama, 2 a 1, empatou com o Ceará, por 1 a 1, e com o Internacional, por 2 a 2 e venceu Palmeiras por 3 a 0. Mas na última rodada, perdeu para o Avaí, por 3 a 0, em Florianópolis.

Precisando vencer para escapar de vez da ameaça de rebaixamento, o time goiano contou com a presença de sua torcida. Ele aceitou a convocação de todos, indo em mais de 20 mil torcedores ao Serra Dourada. E ficou gente de fora sem bilhete de arquibancada, o que gerou até confusão.

“Dizem que a torcida do Atlético não cabe numa kombi, mas a resposta está aí. Ela veio nos prestigiar e temos mais de 20 mil nas arquibancadas”, lembrou o técnico Renê Simões, ainda antes do jogo. O time entrou com três baixas: o lateral Tiago Feltri, o atacante Juninho e o zagueiro Jairo. Todos suspensos.

Tricolor em baixa
O São Paulo “entregou os pontos” depois que ficou, além de fora da briga pelo título, até mesmo da disputa por uma das vagas para disputar a Copa Libertadores da América.

Após sete anos seguidos, o tricolor não vai disputar a competição e vai voltar à Copa do Brasil. Por isso mesmo, parecia difícil encontrar um tricolor motivado e escalado com vários garotos e reservas.

Dragão dá o vôo
E o time da casa aproveitou o clima favorável para começar em cima do visitante. A festa rubro-negra nas arquibancadas contagiou os jogadores, que se esforçavam em campo. Aos sete minutos, a primeira pontada. Willian arriscou de fora da área, a bola quicou e Rogério Ceni teve que saltar para espalmar.

O São Paulo, porém, respondeu com dois chutes perigosos de fora da área. Aos nove com Carlinhos Paraíba, que Márcio defendeu em dois tempos, e aos 13 minutos com um petardo de Lucas que tirou tinta da trave direita. Ficou claro o objetivo do tricolor de explorar os contragolpes, aproveitando a ansiedade atleticana.

O Dragão continuou mais agressivos e objetivo. Aos 22 minutos, após virada de jogo, Renatinho chutou para o gol e a bola desviou em Samuel e saiu por cima do travessão. Ela tinha endereço certo. Aos 27 minutos, Robston fez jogada individual, driblou um zagueiro e ficou na frente de Ceni, que fez a defesa. Outra grande defesa.

Duas mudanças
Na volta do intervalo, Paulo Cear Carpegiani fez mais experiências no São Paulo. Tirou o volante Casemiro para a entrada do garoto Zé Vitor. E sacou o atacante Lucas Gaúcho para a entrada do experiente Jorge Vagner. O objetivo era equilibrar as ações no meio-campo.

Aos dois minutos, o tricolor assustou com um chute em diagonal de Marlos. O goleiro Márcio se esticou para mandar a escanteio, salvando o gol.

Aos nove minutos, houve um pênalti duvidosos para o São Paulo, marcado pelo quase aposentado Carlos Eugênio Simon. Numa dividida de corpo entre Agenor e Lucas, o sãopaulino caiu e “ganhou” a penalidade máxima. O juiz, que estava mal colocado, foi no mínimo muito rigoroso.

Na cobrança Rogério Ceni mostrou categoria. Mandou a bola à meia altura no canto esquerdo de Márcio, que caiu certo, porém, não alcançou a bola. Este foi o gol de número 93 do maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial.

Nervosismo
Depois do gol o time atleticano demonstrou muita intranqüilidade. A alternativa do técnico Renê Simões foi promover mudanças. Uma delas com a entrada do meia Anailson na vaga de Renatinho. Depois tirou o sonolento Marcão, que não pegou na bola, para a entrada de Diogo Galvão.

E ele participou do gol do empate, aos 19 minutos. A bola foi em direção dele, que desviou com o corpo para Elias. O meia invadiu a grande área e bateu no contrapé do goleiro Rogério Ceni. Nos pés de Elias esteve o gol da vitória aos 35 minutos. Ele chutou de longe, de fora da área, mas Ceni espalmou e defendeu em dois tempos.

Jogo decisivo em Salvador
No próximo domingo, dia 5 de dezembro, o Atlético faz a sua despedida diante do Vitória, no Barradão, em Salvador.

Se empatar, o Atlético derruba o time baiano para a Série B. Isso porque ambos têm 41 pontos e o Atlético tem vantagem no número de vitórias: 11 a 9.
O São Paulo vai fazer um “jogo de faz de conta” com o Atlético Mineiro, livre de queda, no Morumbi. Este jogo pode até ser antecipado para sábado, justamente, por não valer nada.

Ficha Técnica

Atlético-GO 1 x 1 São Paulo

Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia-GO
Renda: R$ 207.542,50
Público: 27.938 pagantes
Árbitro: Carlos Eugênio Simon-RS (Fifa)
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição-RS e José Javel Silveira-RS
Cartões amarelos: Cléber Santana e Alex Silva (São Paulo). Agenor (Atlético-GO)
Gols: Rogério Ceni, aos 9’/2T (pênalti). Elias, aos 19’/2T (Atlético-GO).

Atlético-GO
Márcio; Adriano, Gilson, Welton Felipe (Pedro Paulo) e Willian; Agenor, Pituca, Robston e Renatinho (Anailson); Elias e Marcão (Diogo Galvão).
Técnico: Renê Simões

São Paulo
Rogério Ceni; Samuel, Renato Silva e Alex Silva; Jean, Casemiro (Zé Vitor), Cléber Santana, Lucas e Carlinhos Paraíba (Bruno Uvini); Marlos e Lucas Gaúcho (Jorge Vágner).
Técnico: Paulo César Carpegiani.

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