quarta-feira, 23 de março de 2011

Que mancada! Presidente confirma que Kleina tinha acertado com o FluKleina e auxiliares tinham reservas de passagens e quartos de hotel no RioCampinas, SP, 22 (AFI) – Tudo que o Portal Futebol Interior divulgou, com exclusividade, na última segunda-feira sobre a polêmica envolvendo o técnico Gilson Kleina em sua ida frustrada para o Fluminense. Nesta terça-feira foi confirmado, pelo próprio presidente Tricolor, Peter Siemsen. O dirigente confirmou ao Portal FI que o treinador já tinha tudo acertado com o time das Laranjeiras e que recuou depois de sofrer uma forte pressão e ganhar um poupudo aumento salarial.


Confira!
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“Kleina tinha me dito que iria apenas passar na Ponte, rescindir seu contrato, pegar suas coisas e voar para o Rio de Janeiro. Tanto que ele e dois auxiliares tinham passagens reservadas para o vôo da noite, das 19h30”, garantiu Peter, lembrando que até os quartos de hotel já estavam reservados no Rio.

Divulgação era natural
A certeza era tanta que a direção do clube não viu nada de anormal em divulgar o acordo com a Imprensa.

“Fomos procurados no domingo à noite pelo empresário do Kleina - um advogado. Ele garantia que poderia deixar o time paulista a qualquer momento, mas não foi o que aconteceu. Na segunda-feira vimos por bem em divulgar a notícia à imprensa, porque a cobrança era muito grande. Depois fui surpreendido à noite, com a ligação do Kleina dizendo que agradecia o convite, mas seria impossível deixar o time de Campinas. Infelizmente passamos por uma situação delicada”, conclui Siemsen.

Decepcionado, o presidente tricolor resolveu dar força para o auxiliar técnico Enderson Moreira, que vai comandar o time, nesta quarta-feira, no jogo contra o América do México, pela Copa Santander Libertadores. O jogo começa às 21h50 no Engenhão. Abel Braga, nos Emirados Árabes, e Joel Santana, que acaba de deixar o Botafogo, são vistos com bons olhos pelos dirigentes.

FI já sabia de tudo
Nesta terça-feira, o Portal FI recebeu centenas de e-mails de fanáticos torcedores pontepretanos criticando a divulgação da verdadeira história. As informações eram corretas e foram confirmadas pelo presidente do Fluminense.

O FI apresentou a versão com exclusividade. Gilson Kleina acertou com o Fluminense domingo, por três meses, recebendo R$ 150 mil por mês, num total de R$ 450 mil. Só não esperava ser pressionado para ficar, uma vez que a Ponte Preta se sentiria humilhada em perder um treinador que seria apenas o interino no Fluminense, mesmo sendo o atual campeão brasileiro. Clube mais velho do Brasil, a Ponte não admite ser comparada a clubes modestos do Rio de Janeiro, como Bangu, Madureira e América.

Indignado com a ameaça de Kleina de deixar o clube, o presidente Sérgio Carnielli uivou de raiva em sua empresa de óculos. Teria dado dois murros na mesa e aos gritos ordenado para seus diretores resolverem o problema, mas não admitia, em hipótese alguma, perder seu técnico na reta final do Paulistão.

Quem ganhou com isso?
A pressão do diretor Márcio Dela Volpe e do supervisor Marcus Vinícius foi à altura da ordem de Carnielli. Mas a permanência de Kleina no Majestoso custou caro. Kleina ganhava R$ 50 mil por mês, com contrato até o final do ano e uma multa rescisória equivalente apenas a um salário, ou seja, a R$ 50 mil (este valor seria até coberto pelo Fluminense).

Depois de quatro horas de conversa (das 15h30 às 19h30), Kleina ficou um pouco mais rico. Seu salário foi dobrado para R$ 100 mil e sua multa rescisória passou para R$ 500 mil. Assim ele pode trabalhar à vontade, pelo menos até dezembro, inclusive no Campeonato Brasileiro da Série B. E se levar a Ponte à final do Paulistão, então terá uma premiação de R$ 300 mil, mesmo valor para levar o time ao acesso para o Brasileirão.

Portanto, quem ficou num grande prejuízo foi a Ponte Preta. O clube tinha um treinador que custava R$ 50 mil e agora vai pagar o dobro, além de eventuais prêmios. E terá que atender os “desejos” do técnico, perdendo força e controle do time.

E quem perdeu?
Não há dúvida de que o maior vencedor foi mesmo Gilson Kleina. Ficou com moral e muito dinheiro, compensando os benefícios que teria ao dirigir o Fluminense por apenas três meses. Poderia ganhar, após este período, um cargo de auxiliar nas Laranjeiras. Ou então, quando saísse, com certeza, poderia arrumar um outro emprego num patamar um pouco mais alto do que o atual.

O Fluminense ganhou em não levar Gilson Kleina, longe de ser um técnico jovem e capaz como imaginava o inexperiente, porém correto, presidente Peter Siemsen. O time não ganharia nada com um técnico interino para disputas importantes como o Campeonato Carioca e a Copa Santander Libertadores. Por outro lado, a frustrada transferência de um simples técnico para as Laranjeiras soou como vexame no Rio de Janeiro. Uma mancha que só o tempo vai apagar.

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