Ourinhos vira série e pega Santo André na final da Liga de Basquete feminina

Mesmo jogando como visitante, o Ourinhos desbancou o Americana, equipe de melhor campanha na primeira fase, por 66 a 63, encerrou a série melhor de cinco em 3 a 2 (de virada) e se credenciou à oitava final consecutiva da Liga de Basquete Feminino. Em Santo André, o time da casa não se intimidou com o atual campeão Catanduva e, com 62 a 59, voltou à decisão nacional depois de 11 anos.

Em Americana, os primeiros dez minutos foram marcados por um duelo à parte. De um lado, Bethânia, líder de assistências da competição. Do outro, a armadora Karla. Com o estouro do cronômetro, melhor para o time de Bethânia, que mesmo errando um alto número de lances livres, venceu por 21 a 18.

No segundo período, o Ourinhos foi mais eficiente, sobretudo nos arremessos da linha dos três, e foi ao vestiário com uma vantagem considerável de nove pontos: 37 a 28.

A partida recomeçou no terceiro quarto e as visitantes continuaram sobrando em quadra. As comandadas do experiente técnico Antônio Carlos Barbosa contaram com a frieza da cubana Plutin para jogar no erro das anfitriãs. O terceiro quarto teve fim 56 a 46.

Nos últimos dez minutos, o Americana enfim colocou em prática o basquete que lhe fez terminar na ponta da tabela na primeira fase, complicou jogo (Ourinhos demorou sete minutos para anotar os seus primeiros pontos no derradeiro período) e fez com que os últimos instantes da partida fossem emocionantes e conturbados. Apesar da ostensiva reação do Americana, quem comemorou foi o tradicional Ourinhos, que encarará o Santo André na finalíssima.

A guerreira cubana Plutin, autora de 42 tentos, e Chuca, com 39, foram as maestras do hegemônico Ourinhos, que havia terminado a primeira fase apenas na modesta quarta colocação. "Foi uma surpresa para todos. Tiveram momentos em que a nossa torcida já dava o confronto por vencido. Mas, provamos e fizemos justiça dentro de quadra", ponderou Barbosa.

Santo André frustra sonho do bi de Catanduva

No outro duelo da semifinal, o Poty/Açúçar Cometa/Unimed/Catanduva bem que tentou repetir o jogo do último final de semana, quando derrotou o Santo André/Semasa no ABC paulista e deixou a série em 2 a 2. Mas o escrete da treinadora Laís Elena não deu espaço e garantiu a vaga na decisão, que será realizada no próximo domingo. A cestinha do embate foi a precisa Palmira, do Catanduva, 44 acertos. Do lado de Santo André, o destaque foi a ala Micaela, autora de 37 pontos.