Na concentração, Marcos Assunção revela que 'apaga' futebol da memória

A bagagem de ter jogado inúmeras decisões na carreira - tanto no Brasil como até no exterior - ajuda Marcos Assunção a controlar o lado emocional. O meio-campista, de 34 anos, conta que não costuma sofrer com o nervosismo nas horas que antecedem uma partida importante, como no confronto do Palmeiras nesta quarta-feira contra o Goiás, pela semifinal da Copa Sul-americana.

O segredo de Marcos Assunção é simples. No hotel selecionado pela direção palmeirense para o período de concentração do grupo, o jogador procura se divertir ao máximo com os companheiros, sem pensar na obrigação que lhe espera no período da noite.

"Eu descanso, vejo algumas coisas na internet, toco cavaco. Meu parceiro de quarto é o Maurício Ramos, a gente brinca bastante. A única coisa que não penso é no jogo", revela o especialista das cobranças de falta do time de Palestra Itália.

Apenas momentos antes de chegar ao estádio, Marcos Assunção começa a refletir no que deve fazer para vencer dentro de campo. "Eu penso na partida quando estou indo no ônibus. Antes de o Felipão chamar, não quero nem saber", reforça.

A segurança de Marcos Assunção em um momento de grande pressão tem uma explicação lógica. Durante os treinos do Palmeiras, o meio-campista não economiza energia para alcançar a forma física e técnica ideal. No começo da carreira, ele lembra que teve grandes exemplos que lhe mostraram o caminho do sucesso.

"Quando eu cheguei para jogar na Roma, eu encontrei caras como o Cafu e o Aldair. Eles já eram atletas de sucesso e, mesmo assim, eram os primeiros a chegar para trabalhar. Talvez por isso, eu segui o mesmo caminho", destaca o obstinado Marcos Assunção, autor de quatro gols na Copa Sul-americana.