quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Sem plano B à fuga de construtoras, Natal pode ficar fora da Copa-2014

A cidade de Natal pode determinar o primeiro grande vexame da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Nesta quarta-feira, nenhuma das cinco empresas concorrentes (Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, OAS, Odebrecht e Construcap) compareceu à licitação da Parceria Pública Privada (PPP) para a construção da Arena das Dunas, e o gestor do Mundial no município, Fernando Fernandes, admite não ter uma saída para a situação.

"Foi uma surpresa grande. Sinceramente, não esperava que isso fosse acontecer. E confesso que não temos um plano B. Vou comunicar o ocorrido ao governador Iberê Ferreira, a governadora eleita, Rosalba Cialirne, e à prefeita de Natal, Micarla de Souza, para que possamos resolver esta questão. Agora, não se trata mais de reuniões técnicas, mas política, envolvendo as autoridades do Estado e do Município", declarou Fernandes.

No último dia 11, os Ministérios Público Estadual e Federal suspenderam a licitação do projeto do estádio por consideraram que o texto induzuia à contratação da empresa Stadia Projetos Consultoria e Engenharia para desenvolver os projetos executivos complementares.

Fernandes preferiu não relacionar o assunto com o ocorrido nesta quarta. "Neste momento, na condição de gestor público, temos que ter a cabeça fria e procurar a melhor saída. Como falei, fomos pegos de surpresa. Foi uma ducha de água fria. Mas vamos tomar as providências para que o cronograma seja refeito", projetou.

Mesmo à espera de novos prazos para definir que ação tomar, o gestor acredita que a PPP continua sendo a melhor opção para o erguimento do estádio e não crê em participação dos governos no projeto. "A PPP é a melhor alternativa para a construção do estádio. Como o orçamento para 2011 não contempla a construção de uma obra tão cara, acho difícil o governo assumir sozinho a construção de um estádio", afirmou.

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