Ciclistas italianos são suspensos por violação de 'passaporte biológico'

Dois experientes ciclistas italianos foram suspensos por dois anos pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) por apresentarem irregularidades em seus "passaportes biológicos", nome dado aos exames periódicos de sangue e urina que creditam os atletas a participarem das competições normalmente.

Franco Pellizotti, de 33 anos, e Pietro Cauchiolli, 35, haviam sido flagrados em maio de 2010 e junho de 2009, respectivamente, pelo Comitê Olímpico Italiano (CONI) ao terem seus exames ocasionais muito diferentes dos seus registros na entidade. Eles foram suspensos, mas o primeiro foi absolvido meses depois pelo tribunal antidopagem da Itália.

Nesta terça-feira, no entanto, os dois ciclistas foram suspensos pelo CAS. Fora das competições desde junho de 2009, Cauchiolli está vetado até 2011. Ausente desde maio de 2010, por sua vez, Pellizotti está sancionado até 2012 - isso se ele quiser retornar às competições, algo que afirmou, nesta quarta-feira, não ter a intenção.

"Eu largo tudo, não quero mais saber de ciclismo, não pela idade ou pelo tempo de suspensão, mas porque estou cansado. Ainda não é 100%, mas estou quase seguro de que não quero voltar a ser ciclista, não tenho nem mais vontade de ver as provas", afirmou Pellizotti, em entrevista ao portal Ciclismo A Fondo.

"Estou decepcionado com esse esporte e com a justiça. Não aceito essa punição, mas, o que posso fazer? Isso é o ciclismo... Os dirigentes fazem o que querem e assim vai ser, porque as pessoas lhes permitem isso. São potentes, têm muita força e ninguém bate de frente com eles. Eu só não posso fazer nada", lamentou.