Clube da Série A2 vai a julgamento e pode perder mandos de campoO clube será julgado na próxima segunda-feira pela suposta agressão do diretor de futebol Clayton Vieira aos árbitros da patida contra o São Bento

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Santa Bárbara d´Oeste, SP, 10 (AFI) - Sem vencer há seis rodadas no Campeonato Paulista da Série A2, o União Barbarense poderá não jogar mais em casa na competição deste ano. O clube será julgado na próxima segunda-feira pela suposta agressão do diretor de futebol Clayton Vieira ao árbitro Alessandro Darcie e ao quarto árbitro Marcos de Oliveira Marcelo, que apitaram o empate por 1 a 1 contra o São Bento.

O União Barbarense foi denunciado nos artigos 211 (deixar de manter o local destinado para a arbitragem com segurança), cuja punição é multa de R$ 100 a R$ 100 mil e interdição do estádio por tempo a se determinar; e artigo 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: I-desordens e II- invasão de vestiário), que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil, e interdição do estádio de uma a 10 partidas.

Se for punido, o clube corre o risco de ter o estádio interditado. Com isso, terá que fazer os dois últimos jogos como mandante (contra XV de Piracicaba e Guarani) a pelo menos 100 km de distância de Santa Bárbara d´Oeste.

Pivô de toda a confusão, o diretor de futebol Clayton Vieira foi denunciado nos artigos artigo 258B (invadir o local destinado a arbitragem), cuja punição é de suspensão de 15 a 180 dias; artigo 254 A, parágrafo 3º duplamente- do Código Desportivo Brasileiro, que prevê pena mínima de 180 dias; e no artigo 243-F- que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil e pena de 15 a 90 dias. Como as punições são cumulativas, Vieira pode ser suspenso por até 450 dias e pagar R$ 300 mil de multa se for punido com a pena máxima.

Entenda o caso
O árbitro Alessandro Darcie e o quarto árbitro Marcos de Oliveira Marcelo, que trabalharam no empate contra o São Bento, no último dia cinco, acusam o diretor de futebol do Leão, Clayton Vieira, de agredi-los com chutes e pontapés. O caso foi parar na delegacia e os árbitros registram Boletim de Ocorrência contra o dirigente.

O União Barbarense vencia o jogo até os 49 minutos do segundo tempo, quando o árbitro marcou pênalti para os visitantes, que igualaram o placar na cobrança. O árbitro relatou a confusão com detalhes na súmula da partida.

"Ao término da partida e após adentrar novestiário da arbitragem, cinco pessoas abriram a porta do vestiário dos árbitros. Em seguida, três destas pessoas, destacando o Sr. Clayton Vieira, que foi o iniciante das agressões, partiram em minha direção, desferindo socos, pontapés e palavras de baixo calão .Informo ainda, que no momento das agressões, fui derrubado ao chão e tive meu rosto acertado por um chute extrema forte (sic), causando inchaço e escoriações, desferido pelo Sr. Clayton. No momento das agressões o Quarto Árbitro, Sr. Marcos de Oliveira Marcelo, ao tentar interferir, também foi agredido com murros na nuca e chutes na região nas costas", consta na súmula.