Felipão cutuca 'anjinhos' e revela que avisou Palmeiras sobre Ronaldinho

O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, revelou nesta segunda-feira como foi sua participação nas negociações envolvendo o meia Ronaldinho Gaúcho. Nela, disse que já tinha avisado o clube de como o processo seria conduzido, criticou o envolvimento de várias pessoas neste tipo de operação e ainda mandou indireta ao que chamou de 'presidentes-anjinhos'.

Felipão disse que foi chamado para uma reunião sobre o assunto ainda em outubro do ano passado, na casa do presidente alviverde, Luiz Gonzaga Belluzzo. "Sentei à mesa, dei minha opinião e meia hora depois falei tudo que conheço do futebol, da minha experiência no futebol internacional, como ia ser feito e tchau, boa noite amor, que não quero participar de negociação nenhuma", afirmou.

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"Agora veio tudo à tona, que o Milan isso, que o Milan aquilo, tudo que eu já tinha dito 45 dias atrás. Eu disse direitinho como iam agir com o Palmeiras e com os outros clubes", seguiu explicando o técnico, mostrando que já sabia como o clube italiano e o irmão e empresário do jogador, Assis, fariam a condução do negócio

O treinador também falou da dificuldade de se contratar um atleta nos dias atuais, na sua opinião muito mais difícil por conta da grande quantidade de pessoas participantes. "Hoje, para contratar um jogador tu tem que negociar com três investidores, quatro procuradores, cinco amigos e 14 não sei o quê. E cada um pensa diferente", disparou.

Já no fim, questionado se a transparência do negócio que levou Maikon Leite, do Santos, a fechar com o Palmeiras, a qual havia citado anteriormente, era um aviso específico ao mandatário do Corinthians, Andrés Sanchez, Felipão disse que não, mas atacou os que chamou de "anjinho".

"Não, não é recado, não é recado. Nem sei quem é, nem tenho amizade com ele e nada. É recado para quem quer ser honesto, porque não adianta ser anjinho e por baixo dos panos ficar trabalhando", disse. A declaração pode tanto servir para o mandachuva alvinegro, que o tempo todo flertou publicamente com Ronaldinho no Corinthians, ou para a mandatária do Flamengo, Patricia Amorim, que sempre trabalhou nos bastidores para repatriar o meia.