quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tímidos, quenianos evitam falar em vitória na São Silvestre

Eles falam pouco e, quando o fazem, é em um inglês carregado de sotaque, que dificulta o entendimento. Ainda assim, os quenianos conseguiram passar suas impressões às vésperas da 86ª edição da corrida de São Silvestre, que será realizada nesta sexta-feira em São Paulo.

O clima entre eles é de respeito aos brasileiros, em especial pela presença de Marílson Gomes dos Santos no pelotão de elite após uma ausência de quatro anos. "Eu o conheço muito bem, é o melhor corredor do Brasil", comentou o atual bicampeão James Kipsang.

Na Maratona de Nova York, em 7 de novembro, o africano superou o brasileiro em duas posições e em 20 segundos ao cruzar a linha de chegada em quinto lugar. As diferenças de clima, distância e trajeto, porém, o fazem ser cauteloso para a disputa do último dia do ano.

"Tive duas semanas de preparação e corri uma maratona há poucos dias. Não sabemos o que vai acontecer. Vou tentar fazer o meu melhor, mas não falo em ganhar porque existem bons brasileiros", destacou.

Outro queniano que merece atenção, Barnabas Kiplagat Kosgei diz ter se dedicado exclusivamente aos treinos para a São Silvestre desde que conquistou a Volta da Pampulha, em 5 de dezembro.

"Estou treinando principalmente velocidade, pois esta é uma prova muito rápida", revelou o corredor, que aponta Marílson e Kipsang como principais favoritos. "Vou tentar fazer minha prova e vamos ver quem vai ser o mais forte", emendou.

Já Mark Korir, atual campeão da 10K Rio e vice-campeão da Volta da Pampulha, resumiu sua expectativa com poucas palavras e em voz quase inaudível. "Muito boa", limitou-se a dizer ao ser questionado sobre como foi sua preparação. Na sequência, acrescentou "Vai ser uma prova muito difícil" e permaneceu calado o restante da entrevista.

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