quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Por protesto e sonhando com Guinnes, baiano irá correr a São Silvestre de costas

Além dos atletas de elite e da acirrada disputa entre brasileiros e quenianos pelas primeiras posições, a São Silvestre, anualmente, apresenta seu lado folclórico. Em 2010, um baiano de 49 anos destoará da multidão pelo seu visual camaleônico e pelo modo com que percorrerá os 15km da tradicional corrida de rua.

Roberth Mytchuwm Machado Rego, o 'Kalango', arrebanhou seis patrocínios em Brasília, onde trabalha como motorista de um órgão público, e desembarcou em São Paulo prometendo correr de costas pelas ruas da capital paulista, no dia 31 de dezembro.

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Perguntado sobre o porquê da opção curiosa, a exótica figura - que ostenta 205 tatuagens pelo corpo, entre elas uma mulher nua, um escudo do Corinthians e uma frase com os dizeres "Deus é fiel -, utiliza um discurso de protesto.

"Eu decidi correr de costas para reivindicar premiações para todas as faixas etárias. As corridas só premiam atletas de elite", critica o baiano que, segundo suas contas, ganhou 320 medalhas e 132 troféus como corredor de rua. A São Silvestre é uma das poucas provas que distribui, no momento da retirada dos kits, uma medalha de participação.

De acordo com Roberth, a paixão pelo atletismo (no início, ele corria da forma convencional) nasceu há oito anos, quando decidiu abandonar o "maldito vício" pelo cigarro e passou a viver uma vida saudável.

Irreverente, Kalango (o apelido surgiu, em sua infância na Bahia, pelo seu hábito de cortar rabos dos lagartos para brincar) esbanja alegria ao ser o centro das atenções e vislumbra um feito ainda maior: ser reconhecido pelo Guinnes Book, o livro dos recordes mundiais.

"Quero ser o homem que correu a maior distância de costas", revela.

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