terça-feira, 26 de abril de 2011

Mourinho ironiza e faz duro ataque a Guardiola por crítica após final da Copa do Rei

Na véspera do primeiro confronto entre Real Madrid e Barcelona pelas semifinais da Uefa Champions League, o técnico merengue, José Mourinho, tratou de esquentar o clima e ironizou o rival Pep Guardiola, comandante do time catalão. Na entrevista coletiva desta terça-feira, o português criticou o treinador do Barça pelos questionamentos que fez à arbitragem na final da Copa do Rei, semana passada, vencida pelo Real.

Na ocasião, o atacante Pedro, do Barcelona, teve um gol anulado pela arbitragem, que assinalou impedimento. O jogador, de fato, estava muito pouco à frente do último jogador do Real, o que provocou críticas de Guardiola, que se "surpreendeu" com tanta precisão do juiz do jogo, Alberto Undiano Mallenco. Mourinho não perdoou na ironia.

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“Mais importante para a designação do árbitro é que iniciamos um novo ciclo. Até agora tínhamos dois grupos de treinadores. Um pequeno dos que não falam dos árbitros, que são poucos. Um grupo grande, onde estou, onde estão os treinadores que criticam os árbitros quando cometem erros importantes. Com as declarações de Pep, entramos na era do terceiro grupo. Que é criticar o acerto do árbitro. Nunca havia visto no mundo do futebol”, afirmou.

“Ele tem muitos seguidores pelo fantástico treinador que é. E isso que ele disse tem uma profundidade grande. É consequência de que em sua primeira temporada como treinador viveu o escândalo de Stamford Bridge. E agora não está contente com os acertos dos árbitros”, continuou Mourinho, citando partidas em que o Barcelona, a seu ver, foi ajudado pelo juiz. “Esse ano estava com um pé fora e aconteceu o que aconteceu com o Arsenal... Na final de Copa, o auxiliar tem uma decisão certíssima, dificilíssima... e é criticado.”

"Não quero ir por aí. Ao árbitro, desejo que tenha a qualidade e a sorte para estar acertado. Não desejo que ajude meu time, que erre em favor do meu time. Que depois do jogo os dois estejam contentes com o arbitro, ainda que com Pep parece impossível", prosseguiu o técnico do Real.

Além de ironizar o árbitro da final da Copa do Rei pela convicção com que anulou o gol de Pedro, Josep Guardiola voltou a pôr pressão sobre a arbitragem para a primeira partida da semifinal da Champions. Antes da definição de que o alemão Wolfgang Stark apitaria o duelo desta quarta, o treinador do Barça já havia provocado José Mourinho.

"O treinador do Real ficará muito contente se o jogo for dirigido por um árbitro português. Já o teve no ano passado", havia dito o comandante do Barcelona, em alusão à escolha do português Olegário Benquerença para a semifinal da última temporada entre Barcelona e Internazionale, então dirigida por Mourinho.

Pendurados

Sobre os jogadores que estão pendurados em seu elenco, Albiol, Sérgio Ramos, Di María e Cristiano Ronaldo, José Mourinho reconheceu que a situação de sua equipe é difícil nesse aspecto, mas disse esperar que os rivais se preocupem apenas em jogar, e não em "cavar" cartões para os madrilenhos.

"Primeiro, não quero voltar a explicar por que temos jogadores com cartão amarelo. Se falamos disso, devemos perguntar por que há times, jogadores, técnicos que podem limpar os cartões e outras não. Temos essa situação porque não pudemos quando vencíamos o Tottenham por 4 a 0. Nesse momento, a situação dos cartões é difícil", disse.

"Os adversários vão jogar com isso na cabeça e precisamos jogadores honestos que devem dizer assim: 'Somos os melhor time do mundo, para vencer não precisamos fazer a tentativa de que o adversário levem um cartão'. Se os rivais forem honestos, temos um jogo e vence o melhor. Se os melhores forem eles, como fiz depois dos 5 a 0 dou os parabéns e amanhã é outro dia.".

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