sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Após denúncia, MPF analisará possíveis irregularidades no COL-2014

Depois da série de reportagens publicadas pelo diário Lance! nesta semana, o grupo de trabalho do Ministério Público Federal voltado para a Copa do Mundo de 2014 vai analisar possível irregularidade no Comitê Organizador Local (COL), presidido por Ricardo Teixeira, também mandatário da CBF.

O Lance! teve acesso ao contrato social do órgão, que tem como sócios o cartola, em sua pessoa física, e a CBF. O detalhe é que os lucros obtidos pelo comitê podem ser distribuídos de acordo com os interesses de seus sócios e não necessariamente em respeito à proporção de participação de cada um deles no negócio.


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De acordo com o contrato registrado na Junta Comercial do Rio de Janeiro, Teixeira, além de sócio, também representa a CBF, na condição de presidente da entidade, e com isso tem poder de decisão em todos os assuntos envolvendo o comitê.

A divisão de cotas estabelece 99,9% de participação societária para a CBF e 0,01% para Teixeira, mas um trecho do parágrafo 1º do Capítulo V do contrato dá ao cartola, na prática, poder para direcionar os lucros para si mesmo ou para projetos sociais e de interesse da entidade que preside, diz a reportagem.

Por exemplo: poderia ocorrer uma transferência indireta de lucros para a entidade máxima do futebol brasileiro dos recursos provenientes de patrocínio e publicidade negociados no Mundial.

O grupo de trabalho do MPF para a Copa se reunirá nos dias 25 e 26 deste mês para discutir vários pontos relacionados ao Comitê Organizador Local. "Não se pode dizer ainda que o MPF vai investigar ou apurar isso ou aquilo. Mas também outros assuntos pertinentes estarão na pauta do encontro, como, por exemplo, a questão da isenção fiscal ao COL e à Fifa para a realização do Mundial", disse Vinicius Panetto, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

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