sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Blatter acredita que conjuração entre candidaturas é normal e inevitável

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta sexta-feira que não é possível evitar que as candidaturas a sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 conversem entre si sobre a eleição do próximo dia 2, já que oito delas contam com um representante no Conselho Executivo da instituição.

"Não dá para evitar as colusões. O que é preciso evitar é que haja algo negativo nelas. Mas, neste caso, o Comitê de Ética deixou claro que não encontrou evidências suficientes de que algo negativo ocorreu", afirmou Blatter em entrevista coletiva concedida em Zurique.

O presidente da Fifa deu essas explicações dois dias depois que o Comitê de Ética do organismo que rege o futebol mundial determinou que não havia provas para acusar a candidatura conjunta de Portugal e Espanha e a do Catar de confabularem para trocar votos e, assim, serem eleitas para o Mundial de 2018 e de 2022, respectivamente.

Blatter lembrou que das nove sedes candidatas, apenas a Austrália não conta com um representante no Conselho Executivo da Fifa. Questionado se a candidatura inglesa terá problemas pelo fato de que o jornal local "Sunday Times" foi o que revelou a suposta colusão, Blatter disse que não acredita que os membros do Comitê deem muita importância ao publicado.

Com relação aos dois membros do Conselho Executivo, assim como os outros quatro dirigentes, que foram punidos pelo Comitê de Ética por diferentes comportamentos ilegais, especialmente a tentativa de se deixarem subornar, Blatter evitou polemizar: "em todas as grandes famílias, em todos os países, há duas ou três pessoas que se comportam mal".

"A família do futebol é composta por 300 milhões de pessoas. Se há seis delas que se comportam mal, não quer dizer que toda a comunidade é ruim", completou. Almejam sediar o Mundial de 2018 a Inglaterra, a Rússia e as candidaturas em conjunto Holanda-Bélgica e Espanha-Portugal, Já para 2022, concorrem o Catar, os Estados Unidos, a Austrália, o Japão e a Coreia do Sul.

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