quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ponte é vaiada, técnico taxado de burro e presidente "solta os cachorros"Após ser chamado de "burro" pelos torcedores, o técnico Gilson Kleina concordou com os gritos dos fanáticos pela MacacaCampinas, SP, 19 (AFI) - O momento da Ponte Preta não é nada bom. Em seu segundo jogo na temporada, a Macaca foi engolida pelo Mogi Mirim e perdeu por 2 a 0, no Estádio Moisés Lucarelli, na tarde desta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. Após ser chamado de "burro" pelos torcedores, o técnico Gilson Kleina concordou com os gritos dos fanáticos pela Macaca.


Confira!
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"A torcida está com razão. Ela tem que me xingar de burro mesmo, porque as coisas não estão acontecendo", disse o treinador durante a entrevista coletiva, dando a entender que conhece os motivos da torcida, já que o time naão vence desde o dia 12 de outubro de 2010, quando fez 3 a 1.

Ele, porém, não admitiu o grave erro em tirar Márcio Diogo ao invés de Ricardo de Jesus, que estava péssimo em campo. Os dois estavam cansados, mas Diogo produzia mais, como imaginou a maior parte da torcida. Menos Kleina chamado merecidamente de "burro". E também omisso na formação deste novo elenco, que já ganhou apelido de alguns torcedores de "Time Frankenstein" - por ser formado em muitos pedaços e ter como final um "monstro".

Discurso ensaiado
Perguntado se as duas derrotas no início da competição - na estreia a Ponte perdeu do Mirassol, por 2 a 1 - preocupavam ao ponto de já se pensar em rebaixamento, o treinador se mostrou seguro.

"Eu não penso nisso (rebaixamento). Claro que eu olho na tabela e sei que não podemos iniciar assim", afirmou.


Kleina também usou o mesmo discurso, que parecia ensaido, do supervisor Marcus Vinícius, alegando que o time paga "por uma herança do ano passado" quando foi mal no Campeonato Brasileiro da Série B. Mas todos, inclusive os dois, sabiam das circunstâncias do clube e ninguém foi capaz de contratar jogadores de boa qualidade, repetindo os erros do ano passado.

Quem contrata?
A Ponte continua contratando mal. E o mais incrível é que ainda continuam "dando as cartas" no departamento de futebol, Kiko Albuquerque e Niquinha, que foram vistos, nesta quarta-feira ao lado de João Costa, também de passagem negativa pelo clube.

E alguns casos ficam inexplicados ou estranhos, como as idas do zagueiro Naldo e do atacante Reis (foto) para o Cruzeiro. Ambos foram emprestados para a Ponte Preta, ano passado, com preços estimulados em valores exagerados para o mercado. Isso significa que o clube não poderia contratá-los em definitivo ou mesmo ter a chance de negociá-los para ter alguma vantagem econômica.

Naldo por exemplo tinha 50% de seu atestado liberatório estipulado em U$ 1,5 milhão (de dólares). Reis teve 60% de seu passe vendido a um empresário de São Paulo por R$ 600 mil e teria sido emprestado ao Cruzeiro por R$ 1 milhão. Que negócio estranho!!! Esta negociação, segundo alguns conselheiros, será questionada no dia 25 de janeiro, quando acontece a reunião ordinária do Conselho Deliberativo.

O volante Gil, por exemplo, contratado recentemente, chegou ao clube sem preço de passe estipulado. Por que veio então? A Ponte seria o novo time "barriga de aluguel"?

Reação no Morumbi
Na próxima rodada, a Ponte Preta enfrenta o São Paulo e Kleina acredita que esse pode ser o jogo do recomeço.

"Temos que ter tranquilidade. O jogo diante do São Paulo é difícil, mas pode ser o jogo pra gente começar a reabilitação", disse o treinador. "Temos que ter personalidade e acreditar que as coisas podem acontecer a partir dessa partida", finalizou em seguida.

Bronca de Carnielli?
Segundo a Rádio Bandeirantes de Campinas, a coletiva foi encerrada antes do tempo previsto para que o técnico Gilson Kleina pudesse participar da conversa que o presidente do clube, Sérgio Carnielli, estava tendo com o restante do elenco dentro do vestiário.

Ainda de acordo com a emissora, alguns jogadores afirmaram que a conversa do presidente era um pedido de calma aos mesmos, que estavam preocupados com a questão da segurança. É claro que a desculpa não convenceu ninguém.

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