quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Punição à vista? "Caso Mala Branca" do Guarani pode acabar no STJDCom receio de uma possível punição, Waguinho Dias tentou “livrar a cara” do Bugre
Campinas, SP, 01 (AFI) – Não bastasse o fato de ter sido rebaixado no Campeonato Brasileiro, o Guarani ainda pode entrar na mira do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O procurador geral do Tribunal, Paulo Schmitt (foto), promete investir a fundo as declarações dadas pelo lateral-esquerdo Moreno, ao jornal Lance!, que deixam evidentes as o pagamento de uma “mala branca” por parte do Corinthians.


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“Se realmente houver uma suspeita desta prática, vamos intimar o jogador para saber se há alguma prova ou fato concreto”, revelou Schmitt, que enquadraria a denúncia em dois artigos do Código de Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

O primeiro deles é o artigo 237, que prevê punição de até 720 dias de suspensão ou eliminação em caso de reincidência para quem paga ou prometa algum tipo de vantagem. Além da suspensão, está prevista também uma mula que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. O outro artigo é o 238, que pune quem aceita o tipo de oferta citada. A punição prevista é a mesma.

Entrevista polêmica
O fato ganhou grande repercussão, após uma entrevista de Moreno ao diário Lance!, confirmando a mala branca do Corinthians para jogadores do Bugre, em caso de vitória ou empate contra o Fluminense, domingo, no Engenhão. Com 67 pontos, o Timão precisa vencer o Goiás, fora, e torcer por tropeço do Flu, que tem 68 pontos, para ser campeão.

“Um diretor muito influente lá do Corinthians me ligou, dizendo que eles vão oferecer dinheiro para a gente. Eu até li no jornal que o Andrés (Sanchez, presidente do Corinthians) não iria oferecer, só que esse diretor disse que o Corinthians vai nos enviar dinheiro, sim”, disse.

O lateral revelou que o valor que seria pago é de R$ 1,3 milhão. Nos bastidores, no entanto, cogita-se que o time alviverde pode receber um valor ainda maior, que chegaria até R$ 2,5 milhões de “incentivo”, conforme informou o Jornal Agora, de São Paulo.


Bugre passa a "bomba"
Com receio de uma possível punição, o coordenador técnico bugrino, Waguinho Dias (foto), tentou “livrar a cara” do clube, que chegou a dever dois meses de salários durante o Brasileirão. Sem pestanejar, ele jogou a “bomba” no colo dos jogadores.

“Nenhum jogador informou nada para nós. Estamos sabendo tudo o que ocorreu pela imprensa. Posso garantir que a diretoria não tem nada com isso. Se houve algum acordo, a diretoria não sabe de nada”, declarou.

Falta de sintonia?
Recentemente, um outro evidenciou a falta de sintonia entre diretoria, comissão técnica e elenco do Guarani. Informações deram conta de que alguns dirigentes teriam fechado um acordo com a CPN Engenharia, para que a empresa estampasse sua logomarca na camisa nas quatro últimas rodadas.

A grande polêmica, contudo, está na forma de pagamento. A empresa só pagaria o valor o de R$ 400 mil, caso o time não caísse. Se o Bugre tivesse escapado da degola, o valor integral seria repassado aos jogadores. Como isso não ocorreu, a CPN teria “ganho” o espaço na camisa alviverde de graça.

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