quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

EXCLUSIVO: Novato na NBA, Splitter admite: 'Tenho que fazer o trabalho sujo'

Mesmo tendo sido a primeira escolha do San Antonio Spurs no draft (recrutamento) da NBA há três anos e sendo o atual MVP (melhor jogador) da Liga Espanhola de basquete, o brasileiro Tiago Splitter, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, mostrou humildade depois de cerca de um mês e meio na principal liga norte-americana de basquete.

“É sempre bom poder jogar minutos, ter a bola na mão. Mas eu não to preocupado em fazer 15, 20 pontos. Tenho que ajudar o time nos minutos que me dão, tenho que ajudar o Tim Duncan, fazer o trabalho sujo. Meu trabalho é esse”, admitiu o ala-pivô brasileiro, por telefone, à reportagem.

Por estar em seu primeiro ano na Liga e em um time que venceu quatro títulos nos últimos 11 anos, o brasileiro vem sendo utilizado pelo técnico Gregg Popovich aos poucos, mesmo porque seu “concorrente” de posição é Tim Duncan, grande ídolo dos Spurs e um dos grandes jogadores da história da NBA. Splitter está com médias de 4,6 pontos e 2,5 rebotes por jogo na temporada

“É o que eu tenho que fazer. A gente tem que ser realista. Estou em um dos melhores times da NBA, com vários jogadores na minha posição e com um dos melhores da história, que é o Tim Duncan”, completou Splitter.

Logo no seu primeiro mês na Liga, Splitter teve o seu melhor jogo na temporada até aqui. No dia, 20 de novembro, contra o Cleveland Cavaliers, de Anderson Varejão, o jogador dos Spurs anotou 18 pontos, pegou cinco rebotes, além de ter dado dois tocos. Porém, na partida seguinte, contra o Orlando Magic, o ala-pivô esteve em quadra por apenas dez segundos.

“É opção do técnico. É óbvio que todo mundo quer jogar mais minutos, ter mais tempo em quadra. Mas estamos no começo da temporada. Ele optou e eu tenho que aceitar. Ele é um dos melhores técnicos da história também. Respeito a opção dele”, minimizou o pivô.

O San Antonio Spurs tem a melhor campanha da NBA com 17 vitórias e três derrotas. “O time está bem focado. É um time que já estava feito no ano passado, com poucas mudanças, e começou a colher os frutos que semearam ano passado. Richard Jefferson e DeJuan Blair estão podendo jogar bem, fora Ginobili, Tony Parker e Tim Duncan. Ninguém pensa em MVP, em prêmios individuais. A gente sabe que em um dia um vai meter 30 (pontos), e no outro vai meter cinco”, afirmou.

Depois de morar e jogar tanto tempo na Europa, o brasileiro admitiu que está tendo que se acostumar com os Estados Unidos. “Está sendo uma mudança enorme para mim, tanto de cultura, como de país, time e liga. Obviamente todo mundo está levando com tranqüilidade. Espero aprender o mais rápido possível. San Antonio é um dos times com muitas variações táticas. Mas é basquete, é tudo muito parecido”, afirmou.

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