terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Da ascensão à decepção, Bellucci termina 2010 com esperança de chegar ao top 10

Desde que Gustavo Kuerten deixou as quadras, os brasileiros se mantiveram esperançosos de que em 2010, com Thomaz Bellucci, teriam outro tenista do país brigando por títulos e pelas primeiras posições do ranking da ATP. Porém, o que era para ser um ano de explosão, acabou se tornando um ano de polêmicas para o número 1 do Brasil.

Logo em fevereiro, o paulista faturou o seu segundo título da carreira, em Acapulco. Ainda no primeiro semestre, Bellucci obteve outros bons resultados em torneios de grande porte como oitavas de final no Masters 1000 de Miami e em Roland Garros, onde foi derrotado por ninguém menos que Rafael Nadal em um dos jogos mais difíceis do espanhol na caminhada até o seu quinto título em Paris.

Depois disso, o brasileiro ainda teve uma boa aparição nas quartas de final do ATP 500 de Hamburgo. Porém, a partir deste resultado começou a queda. Esta marcou a última vez em 2010 que Bellucci venceu duas partidas consecutivas e torneios de elite no circuito da ATP.

O auge do ano contestado de Bellucci veio no mês de setembro nos playoffs de repescagem para o grupo mundial da Copa Davis. Depois do Brasil abrir 2 a 0 no primeiro dia de confronto contra a Índia, em Chennai, os donos da casa chegaram no domingo precisando de uma incrível virada nos dois jogos de simples contra os brasileiros, sendo que nenhum dos tenistas indianos estava entre os 100 melhores no ranking de simples da ATP.

Com o destino do Brasil nas mãos de Bellucci, o tenista falhou ao tentar recolocar o país na elite da Davis depois de sete anos. Alegando falta de condições físicas por causa do calor de Chennai, o paulista desistiu do seu jogo no último dia do confronto e permitiu que a Índia empatasse o duelo, e, em seguida, virasse.

A decisão de Bellucci ter se retirado de um jogo tão importante para o Brasil gerou críticas até de ex-tenistas como Fernando Meligeni. “Um jogador sair de quadra no meio de um jogo decisivo é complicado. Se ele disser que estava muito mal, que não tinha nenhuma condição, ou se o médico falar que era algo mais grave e não dava para ele continuar, tudo bem. Mas o médico, o técnico e o jogador têm de vir a público para falar o que aconteceu”, disse o “Fininho”, em entrevista ao ESPN.com.br.

Não muito tempo depois da desistência no jogo decisivo da Davis, Bellucci gerou mais polêmica ao dar uma entrevista criticando os técnicos do Brasil, alegando que os mesmos eram “fracos” e que faltava “qualificação”. A declaração gerou polêmica entre ex-tenistas e técnicos do Brasil, casos de Meligeni e Carlos Kirmayr. Cerca de dias depois, o paulista anunciou que João Zwescht não iria mais ser seu treinador.

Na mesma época, Bellucci tentava dar fim à má fase e veio até São Paulo para a disputa de um torneio challenger, escalão secundário do circuito do tênis mundial. O brasileiro foi surpreendentemente derrotado na final pelo compatriota Marcos Daniel.

Durante a realização do torneio paulista, o tenista já havia tido alguns contatos profissionais com Larri Passos, eterno mentor de Guga nas épocas de glórias do melhor tenista masculino deste país. Antes que 2010 acabasse, Larri e Bellucci anunciaram que começariam a trabalhar juntos em 2011 com o objetivo de colocar o jogador entre os 10 melhores do mundo. Com isso, o próximo ano para o tênis brasileiro se inicia mais uma vez com esperança de glórias.

Tiago Fernandes faz história e brasileiros terminam no top 100

O alagoano de 17 anos Tiago Fernandes fez história logo no início de 2010. O brasileiro foi o primeiro do país a vencer um Grand Slam no circuito juvenil da ATP ao levantar o troféu do Australian Open no mês de janeiro.

Fernandes também alcançou o topo do ranking juvenil em 2010, mesmo não repetindo o mesmo sucesso nos outros Grand Slams. O tenista é mais um pupilo de Larri Passos e espera começar a figurar em um número maior de torneios profissionais.

No circuito profissional, além de Thomaz Bellucci, o Brasil terminou 2010 com outros dois tenistas entre os 100 primeiros do ranking da ATP. Ricardo Mello fechou a temporada na 76ª posição, enquanto Marcos Daniel ficou em 96º.

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