quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Larri elogia 'búfalo' Bellucci após um mês de parceria

A união entre Larri Passos e Thomaz Bellucci completa um mês na próxima quinta-feira, mas já dá os primeiros sinais positivos. Às vésperas do embarque para a primeira competição do brasileiro no ano, o ATP 250 de Auckland (Nova Zelândia), o ex-treinador de Gustavo Kuerten e o tenista número um do país mostraram grande animação com os primeiros dias da parceria.

Primeiros dias que foram muito intensos, diga-se. "Trabalhamos muito o meu físico e o volume de jogo. Ficamos seis, sete horas diárias na quadra, eu terminava os treinos quase morrendo. Depois, eu só queria descansar, mais nada", contou o paulista, que recebeu elogios do novo "chefe". "Ele não é nem um cavalo, é um búfalo", brincou Larri, exaltando a forma física do novo pupilo.

Empolgado com o novo desafio, o treinador confessa que mal viu o tempo passar. "Ele falou para mim que foram 11 dias sem parar. Eu nem sabia... porque quando eu entro na quadra, não marco dia, não marco nada, para mim sábado e domingo é tudo igual. Perguntei se ele tinha ido além do limite dele e o Thomaz respondeu que sim", comentou, feliz.

Bellucci já disputou um torneio sob o comando do mentor de Guga, na verdade uma exibição no Uruguai, na qual perdeu de David Nalbandian na decisão. Apesar da derrota e de não ter viajado com o técnico, ele diz já ter sentido diferenças em seu jogo. "Estou conseguindo me defender um pouco mais, me mexer melhor em quadra e peguei um volume legal. Estou me desgastando menos, fazendo menos força para jogar", relatou o atleta.

Nesta quarta-feira, Bellucci embarca para a Oceania, um dia antes de Larri. Após Auckland, a meta de ambos é uma boa campanha no Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada no qual o brasileiro jamais passou da segunda rodada. Outra meta é finalmente superar um top 10 - até agora, Thomaz conseguiu, no máximo, superar Fernando González, quando o chileno era o número 11 do mundo.

"A gente tem conversado muito sobre isso: 'O que o top tem faz? Onde ele vai? No momento importante, o que ele faz com a bola? Vamos botar pressão no momento certo... como jogar o ponto naquele momento'. Essa é parte mental que eu tenho que trabalhar com ele", confessou Larri, que também intensificou os treinos em clima quente e úmido, justamente como na Índia em setembro, quando Bellucci não resistiu e abandonou, contribuindo para a derrota brasileira na Copa Davis.

Até agora, só houve um "desentendimento": nesta segunda, ao entrar no carro de Bellucci Larri se sentou sobre os óculos do tenista, esquecidos no banco. "Quebrou e agora vou ter que pagar para ele. Foi nossa primeira briga", revelou Larri, sorrindo.

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