sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Retrospectiva: São Paulo bate na trave na Libertadores, mas amarga temporada sem troféus

Nos últimos cinco anos, o São Paulo é certamente o clube paulista que mais comemorou títulos – foram um estadual, três Brasileiros, uma Libertadores e até um Mundial. Mas, desde 2009, o time do Morumbi não sabe o que é ser campeão. Em 2010, a sina continuou, apesar de um “pacotão” de 15 reforços logo no início do ano, entre promessas e veteranos.

Sem levantar o troféu do Paulistão desde 2005, o São Paulo foi o único representante do trio de ferro nas semifinais da competição estadual. Após terminar a primeira fase em quarto lugar, a equipe ainda comandada pelo técnico Ricardo Gomes sucumbiu diante da superioridade técnica do Santos, que viria a ser o campeão. No primeiro jogo, no Morumbi, derrota tricolor por 3 a 2; na volta, na Vila Belmiro, um incontestável massacre santista por 3 a 0.


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Mas todos no clube jamais esconderam que o grande objetivo da temporada era mesmo a tentativa do quarto título continental. Em sua sétima participação consecutiva na Libertadores, o São Paulo jamais empolgou sua torcida, mas obteve seu melhor resultado no torneio desde o vice-campeonato em 2006.

Rogério Ceni e companhia terminaram com a segunda melhor campanha entre os 16 finalistas (atrás apenas do rival Corinthians), sofreram diante do Universitário de Lima (PER) nas oitavas (classificação dramática nos pênaltis), mas despacharam o Cruzeiro, algoz de 2009, nas quartas de final, com autoridade e grandes atuações do recém-contratado Fernandão. Na semi, os tricolores enfrentaram o Internacional, reeditando a decisão de quatro anos atrás. Assim como em 2006, deu Inter, que venceu por 1 a 0 no Beira-Rio, perdeu por 2 a 1 no Morumbi e saiu da capital paulista com a vaga na final.

A quinta eliminação consecutiva na Libertadores foi a gota d’água para Ricardo Gomes, demitido pela diretoria em meio a pressões de muitos dirigentes e torcedores, que jamais aprovaram seu trabalho. Para o seu lugar, o presidente Juvenal Juvêncio fez uma aposta tão ousada quanto de êxito improvável.

Sérgio Baresi, treinador campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior no início da temporada, foi alçado em agosto ao comando da equipe profissional e não vingou em 14 rodadas do Brasileirão. Caiu, e em seu lugar, em outubro, veio Paulo César Carpegiani, credenciado por um ótimo trabalho no Atlético-PR e que já havia levado o São Paulo à semifinal do Campeonato Brasileiro de 1999.

Já com uma cara mais renovada, aproveitando mais jogadores da base promovidos ao time profissional por Baresi, a equipe são-paulina esboçou uma reação no Brasileirão que deu esperanças de que o ano ruim poderia terminar ao menos com a vaga na oitava Libertadores seguida. Não aconteceu: o São Paulo foi apenas o 9º colocado no certame e voltará à Copa do Brasil em 2011, após oito anos.

SÃO PAULO EM 2010

Campeonato Paulista
Eliminado nas semifinais pelo Santos

Copa Libertadores da América
Eliminado nas semifinais pelo Internacional

Campeonato Brasileiro
9º colocado, classificado à Copa Sul-Americana

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