sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ESPECIAL PAULISTÃO: Meninos da Vila conquistam São PauloConfira tudo que aconteceu na edição 2010 do Campeonato PaulistaCampinas, SP, 24 (AFI) - Como não poderia deixar de ser a edição de 2010 do Campeonato Paulista ficará na memória dos torcedores do Santos, que viram dois meninos, um de 18 outro de 21, Neymar e Ganso, fazer chover nos gramados paulistas, levantar a 18ª conquista estadual e encerrarar de uma vez a discussão de que time que joga bonito não ganha campeonato.

Jogando, um futebol vistoso e liderando a competição por mais tempo, 13 rodadas, o time do Santos foi um rolo compressor, sofrendo apenas três derrotas na competição, para o Mogi Mirim, na segunda rodada, para o Palmeiras, a única na Vila Belmiro e para o Santo André na partida final. Além disto, o Peixe goleou cinco partidas terminando a competição com 61 gols marcados.

No dia 21 de março, em jogo válido pela 15ª rodada, os 10.015 pagantes que estiveram no Pacaembu vieram o auge dos novos Meninos da Vila comandados pro Dorival Júnior. Na noite daquele domingo, o Santos humilhou o Ituano vencendo por 9 a 1, maior goleada do Paulistão deste ano. O time visitante começou assustanto logo a um minuto de jogo, com gol de João Leonardo. Aos 14, começou a chuva de gols. André, três vezes, Paulo Henrique, duas, Madson duas, Maikon Leite e Zé Eduardo, uma vez cada completaram a festa.

O retorno do príncipe!
No começo do mês de fevereiro, a diretoria do Santos acertou o retorno de Robinho para comandar o time sensação do campeonato. Logo em seu primeiro jogo, no clássico contra o São Paulo, pela 7ª rodada, o Rei da Pedalada, veio do banco de reservas, para marcar um histórico, de letra, no capitão são-paulino, Rogério Ceni. O atacante comandava o quarteto ofensivo do Santos, ao lado de Neymar, André e Paulo Henrique Ganso, levando a equipe a conquista do estadual depois de três anos.


Avançando com a melhor campanha, o Santos enfrentou o São Paulo na semifinal e passou fácil pelo time paulistano, vencendo os dois jogos. No Morumbi, vitória por 3 a 2, na Vila Belmiro, mas um espetáculo dos Meninos da Vila, triunfo por 3 a 0, com gol de malandragem de Neymar. A equipe decidiu a competição contra a sensação do campeonato, Santo André.

Em duas partidas realizadas no Pacaembu, os Meninos da Vila se transformaram em homens, sendo fundamentais para a conquista do título. No primeiro jogo, o Santos tomou um susto no começo do jogo, mas conseguiu virar o placar e colocar uma mão na taça ao vencer por 3 a 2. Para o segundo jogo, o time de Dorival Júnior poderia perder por até um gol de diferença, que mesmo assim saia com a taça.

Logo no primeiro minuto do segundo jogo, Nunes abriu o placar e colocou fogo no jogo. Em seguida, Neymar deu um gelo no adversário marcando duas vezes. Porém, com Alê e Branquinho, o Santo André foi valente eterminou a primeira etapa na frente do placar. As coisas pioraram para o time alvinegro no segundo tempo, quando Roberto Brum e Marquinhos foram expulsos, deixando o Ramalhão com dois a mais em campo. Em momento chave da partida, o meia Paulo Henrique Ganso se recusou a ser substituído, por ser o único jogador de ataque do Peixe no gramado. No final, o atacante Rodriguinho acertou a trave no último minuto, para alívio da torcida santista, que via o time sair campeão pela 18ª rodada.

Interior surpreende
Duas equipes do interior do estado surpreenderam e chegaram à final do Paulistão. Comandados por Sérgio Soares, o Santo André terminou na segunda colocação, tendo o segundo melhor ataque só atrás do Santos. A equipe do Ramalhão tinha nomes como o de Bruno César e Branquinhos, nas meias, e de Rodriguinho e Nunes no ataque. Todos os nomes vieram a jogar o Campeonato Brasileiro posteriormente. Assim como o zagueiro Cesinha, o lateral-direito Rômulo, o volante Alê e o lateral-esquerdo Carlinhos.

Em seguida na classificação veio o Grêmio Prudente, que estava de casa nova, pois havia se mudado de Barueri. A equipe era dirigida por Toninho Cecílio e mesclava nomes experientes em seu elenco como o do lateral-direito Paulo Cesar, do volante Marcos Assunção e o atacante Tadeu, com novatos como Henrique Dias, Flavinho e Wesley. Na semifinal disputa entre as duas equipes, quem jogou fora de casa se deu bem e o Ramalhão levou a vaga por ter feito melhor campanha.

Matador caipira
Pelo segundo ano consecutivo, a artilharia do campeonato ficou no interior de São Paulo. Desta vez, o homem gol do Paulistão foi Ricardo Bueno, do Oeste de Itápolis. Com 16 gols, o atacante, que depois acertaria sua transferência para o Atlético-MG, ajudou sua equipe a chegar na inédita semifinal do interior, terminando a competição na nona posição e garantindo uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro.

Em seguida veio outro interiorano, o atacante Rodriguinho, do Santo André, marcou 15 gols, ajudando sua equipe à chegar a inédita final. Dos times grandes, o artilheiro mais bem colocado foi Neymar com 14 gols e seu companheiro de ataque André, veio logo em seguida, com 13.

Interior pintado em preto, vermelho e branco
Pela quarta vez, em quatro anos, um time diferente conquistou o título do interior. Desta forma, a edição 2010 ficou nas mãos do Botafogo de Ribeirão. Terminando na sétima colocação, o Tricolor encarou a Ponte Preta, nas semifinais e chegou à decisão com dois empates, pois tinha a melhor campanha.

Na decisão, o time riberãopretano enfrentou o São Caetano, que passou pelo Oeste, em duelo emocionante. No primeiro jogo, vitória do São Caetano, por 1 a 0. Desta forma, o Azulão dependia de um empate para levantar a taça. Porém, o lateral Jonas fez o único gol do segundo jogo, em Ribeirão Preto, deixou o placar agregado igual e deu o título à Pantera, por conta da melhor campanha entre as duas equipes.

Do pó viestes, ao pó voltarás
Os quatro times que perderiam o direito de se manterem na elite do Paulistão para o próximo ano foram definidos sem muitas surpresas. Rio Claro, Monte Azul, Sertãozinho e Rio Branco, que haviam subido da Série A2, fizeram campanha ruim durante boa parte da competição e retornarão à segunda divisão do Campeonato Paulista.

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