sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Imprensa alemã considera decisões da Fifa uma "Katarstrophe"

A imprensa alemã coincidiu nesta sexta-feira em criticar com dureza a decisão de conceder à Rússia e ao emirado do Catar a realização, respectivamente, das Copas do Mundo de Futebol de 2018 e 2022, que, de acordo com a imprensa germânica, não fazem mais do que alimentar as suspeitas de corrupção na federação.

"Katarstrophe para o futebol", traz o título do tablóide "Bild", em um trocadilho com o nome do emirado. Um segundo título acusa diretamente o organismo máximo do futebol: "A Fifa vendeu o mundial aos xeques".

"Que o Catar tenha vencido só pode ser explicado assim: a Fifa vendeu o mundial aos xeques do mini estado desértico. Para quem manda em Zurique tudo já estava claro antes da eleição", escreve "Bild", que lembra a suspensão de dois membros da executiva da Fifa.

Na mesma publicação, o ministro do Interior e Esportes alemão, Thomas de Maizière, exige que "a Fifa esclareça as acusações de corrupção" e expressa sua "profunda preocupação" pela situação e o crédito da federação internacional.

"Que grande decepção", define a publicação "Berliner Zeitung", para o qual "precisamente no meio de um colossal escândalo de corrupção a Fifa apostou pelo dinheiro em grande estilo e os bilhões procedentes de fontes duvidosas".

"O processo de candidaturas no qual ganharam aqueles que fazem malabares com números multimilionários" resulta em mais do que suspeito, afirma a publicação.

"O que muitos não imaginavam nem em seus piores pesadelos se transformou na quinta-feira em Zurique na realidade", escreve o periódico "Die Tageszeitung", para o qual "com a concessão dos mundiais à Rússia e ao Catar, a Fifa não fez mais do que aumentar sua fama duvidosa".

Nenhum comentário:

Postar um comentário