Com ouro, Cielo supera mito Popov e alcança inédita tríplice coroa

Quando César Cielo Filho tocou a borda da piscina em Dubai nesta sexta-feira, 20s51 depois do tiro de partida, ele não conquistou apenas mais um título mundial. O nadador brasileiro, de 23 anos, tocou novamente a história de seu esporte.

A conquista dos 50 metros livre no Mundial de piscina curta, nos Emirados Árabes, colocou Cielo em um patamar jamais alcançado por outro atleta na prova mais rápida da natação. Ele é o melhor do planeta nas competiçõs que formam a tríade do que há de mais importante no esporte.

Leia Mais

Cielo leva o ouro nos 50m livre no Mundial em piscina curta
Brasil classifica dois atletas para a final dos 50m borboleta
Guido faz melhor tempo sem supermaiô e vai à final dos 50m costas em Dubai
Henrique Rodrigues e revezamento 4x100 feminino vão à final em Dubai
Cielo comemora 'volta por cima' após Pan-Pacífico

Em três anos, Cielo fez o que mitos como o russo Alexssandr Popov e o britânico Mark Foster não conseguiram. Fechou a “tríplice coroa” da natação nos 50 metros livre.

O título desta sexta-feira se junta ao Mundial conquistado em Roma, em 2009, e ao ouro olímpico de Pequim, alcançado um ano antes. E coloca na cabeça dos amantes da natação uma pergunta que ganha cada vez mais força: Cielo é o maior velocista de todos os tempos?

Até o surgimento do brasileiro, a resposta praticamente indiscutível à questão recaía sobre o russo Alexandr Popov, bicampeão olímpico dos 50 metros em 1992 e 1996 e campeão Mundial da distância em 1994 e 2003.

Grande rival dos também brasileiros Gustavo Borges e Fernando Scherer, Popov aposentou-se sem ter no currículo o título dos 50m livre em piscina curta – foi quinto colocado em 1999 e terceiro em 2002.

Ao britânico Mark Foster, outro ícone da natação de velocidade, sobram títulos do Mundial de piscina curta – foram quatro, em 1993, 1999, 2000 e 2004, este já aos 34 anos. Mas falta uma medalha olímpica e o ouro no Mundial de piscina longa, competição em que ele foi prata em 2003 e bronze em 2001.

A resposta à pergunta sobre Cielo ainda pode ser prematura. Mas pelo menos nos números o brasileiro já pode se orgulhar. Não há ninguém em seu nível nos 50 metros livre.