quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Jornalista lança livro sobre ‘A maldição dos eternos domingos sem derby’A obra será lançada em 16 de novembro, às 19h, no Tonico’s Boteco
Campinas, SP, 04 (AFI) - Obra ‘A maldição dos eternos domingos sem Derby’, do jornalista Luiz Roberto Saviani Rey, será lançada em 16 de novembro, às 19h, no Tonico’s Boteco


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Antes de ser uma história sobre futebol, ‘A maldição dos eternos domingos sem derby’ é um romance familiar, uma narrativa que demonstra a força agregadora do futebol, a união de pessoas de uma mesma família em torno de uma paixão por um clube, alicerçando e renovando as relações de parentesco.

O livro, de autoria do jornalista, professor e escritor Luiz Roberto Saviani Rey, será lançado em 16 de novembro, a partir das 19h, no Tonico’s Boteco, na rua Barão de Jaguara, 1373. Trata-se de uma ficção calcada em realidade. Retrata a Campinas do final dos anos 1950 e dos anos 1960 e resgata a rivalidade entre torcedores do Guarani Futebol Clube e da Associação Atlética Ponte Preta, exacerbada naquele período em razão do distanciamento entre os clubes campineiros.

A Ponte, na segunda divisão do campeonato paulista durante nove anos, era motivo de felicidade para torcedores do Guarani, que não poupavam os inimigos com ironia e mordacidade pesadas. Sem o clássico derby campineiro em caráter oficial, os anos 1960 marcaram a luta incessante da Ponte Preta para retornar à elite paulista, levando sua torcida a uma paixão desenfreada que constituiu a principal alavanca para a gloriosa volta em 1969. Os eternos domingos sem derby foram, também, fundamentais para a o fortalecimento de Guarani e Ponte Preta e para a construção de dois clubes vibrantes e celeiros de grandes craques nos anos 1970 e 1980.

O livro enfoca o ano de 1965, uma tarde de um domingo em que, precisando de uma vitória simples no Estádio Moisés Lucarelli para retornar à divisão de elite, a Ponte Preta perde para a frágil Portuguesa Santista com um gol marcado pelo desconhecido Samarone, aos cinco minutos do primeiro tempo, encerrando uma jornada brilhante do clube de Campinas e pondo fim a um sonho acalentado há cinco anos pela imensa e apaixonada torcida pontepretana.

Nessa tarde, em um sobrado no centro de Campinas, torcedores da Ponte que não conseguiram ingressos são os “televizinhos” na sala do Tio Lula, um ser fanático e apaixonado pelo Guarani. Pode-se imaginar o que acontece no momento do gol de Samarone e ao final da partida. O relato reconstrói o personagem favorito de Bebeco, sobrinho de Tio Lula, que conseguia reunir em sua personalidade qualidades e defeitos díspares.

“Era elegante e boquirroto, amistoso e fanático, briguento e maledicente. Tinha uma boca profética que agradava a torcida bugrina e arrepiava a pontepretana”, conta o autor.

Sobre o autor
Luiz Roberto Saviani Rey é jornalista com passagens por diversos jornais. É professor da Faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com Especialização em Teorias de Comunicação e Mestrado em Comunicação.

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