sábado, 1 de janeiro de 2011

Quarto colocado, ex-alcoólatra se considera um vencedor

Além de Marílson Gomes do Santos, vencedor da São Silvestre desta sexta-feira, o Brasil tem outro exemplo a se espelhar. Giovani dos Santos, da equipe Pé de vento, terminou os 15km na quarta colocação, com o tempo de 45min34s, conquistou vaga no pódio entre atletas renomados e causou comoção pela história de vida.

"Creio que é um ótimo início porque faz apenas um ano e oito meses que comecei a correr. Antes, eu tive um problema com bebidas até que um cara me falou: 'rapaz, você tem potencial, pare com isso'. Graças a isso e com o apoio da família, eu comecei a correr", contou. "Posso me considerar um vencedor", completou, em tom de humildade.

Foi apenas a segunda São Silvestre de Giovani, de 29 anos. Em sua estreia, no ano passado, o natural da cidade mineira de Natércia, a qual, segundo ele, "é um lugar perto de Pouso Alegre que ninguém conhece", cruzou a linha de chegada no 18º posto.

Satisfeito com o feito no último dia do ano, o ex-lavrador Giovani fez questão de valorizar o tato do técnico Henrique Viana, que o descobriu em uma corrida organizada pela Corpore, entidade paulista sem fins lucrativos.

"Devo muito ao Henrique Vianna. Ele me viu em uma corrida da Corpore e resolveu me dar uma chance", finalizou. Vianna é o fundador da equipe Pé de vento, trabalhou muitos anos na Confederação Brasileira de Atletismo (CBat) e comandou Franck Caldeira, atualmente no Cruzeiro, em seu início de carreira.

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