domingo, 26 de dezembro de 2010

Mourinho contesta critérios da Fifa e critica indicações de Messi e Iniesta

Um feito isolado não pode ser o maior critério para a eleição da Fifa para melhor jogador da temporada. A opinião é do português José Mourinho, técnico do Real Madrid, que expôs sua insatisfação com os critérios adotados para a entrega da Bola de Ouro e aproveitou para alfinetar dois jogadores do rival Barcelona: para ele, Messi e Iniesta não mereciam estar entre os finalistas.

"Bola de Ouro de um ano não é o melhor jogador em termos absolutos porque, se fosse assim, nos próximos dez anos ganha o Cristiano ou o Messi, o Messi ou o Cristiano" declarou Mourinho ao jornal Record, de Portugal. Ele contesta principalmente a indicação de Iniesta, que passou boa parte do ano lesionado, mas ganhou destaque ao marcar o gol do título espanhol na Copa do Mundo.

"Como é que pode ser escolhido um jogador que, por estar lesionado, só jogou cinco de onze meses de competição? Marcou o gol da vitória espanhola no Mundial, tudo bem. Mas acho que o Mundial deve ter prêmios específicos para esses feitos", acrescentou ele. "Dos três jogadores nomeados, aceito que o Xavi tenha tido uma grande temporada. Iniesta não teve, Messi também não".

"O Bola de Ouro não é o jogador que fez uma coisa marcante mas isolada ao longo de um ano, porque se assim for, distingue-se o jogador que marca um gol na final da Copa dos Campeões ou da Copa do Mundo. Ou mesmo um goleiro que defende um pênalti em uma partida decisiva", concluiu.

Frustração do ano - Mourinho foi convidado para dirigir a seleção portuguesa em duas partidas, mas acabou não sendo liberado pelo Real Madrid. Ele diz que esta foi sua maior frustração do ano, mas deu razão ao clube. "Acho que nunca serei treinador de seleções, por mentalidade e personalidade. Não sou treinador de viajar para observar jogos. Sou de treinar todos os dias".

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