quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Blatter paga 'dívida' com árabes e cita Índia e China como possíveis sedes da Copa

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não quer mais dupla eleição para escolher as próximas sedes das Copas do Mundo, e apontou a China e a Índia como lugares ideais para receberem o torneio. "Não faria outra vez. Não faz sentido uma dupla eleição", afirmou Blatter à Agência alemã "DPA".

O presidente da Fifa defende, porém, a decisão da escolha das duas sedes, já que, para ele, representam "novos mercados" no âmbito do futebol. E no quesito de lugares inexplorados, Blatter apontou "uma parte do planeta" onde se concentram dois terços da população mundial, a Ásia. "Aí temos dois grandes subcontinentes, a Índia e a China", finalizou.

O cartola ainda negou que a atribuição das Copas do Mundo de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar, respectivamente, tenha sido decidida por fatores econômicos e afirmou que no segundo caso representará "a abertura do futebol a um novo mundo", o árabe.

"Com o Catar abrimos o futebol a um novo mundo, a uma nova cultura. O mundo árabe, que havia tentado várias vezes (sediar uma Copa), com o Marrocos e o Egito, por exemplo, podia legitimamente ser escolhido por esta organização", afirmou Blatter em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal francês "L'Équipe".

O presidente da Fifa acrescentou que "o Islã representa 1 milhão de pessoas" e abriu a possibilidade para que algumas partidas do Mundial do Catar "sejam realizadas em países próximos".

Blatter assegurou que o emirado é "um pequeno país que vem se desenvolvendo" e lembrou que já organizou o Campeonato Mundial Sub-20 de 1995, quando a Nigéria não pôde fazê-lo no último instante, e que tem 12 anos pela frente para se preparar para a competição.

Com relação à Rússia, que abrigará a Copa do Mundo de 2018, o presidente da Fifa destacou que "é um continente em si próprio com todos os seus satélites" e isso constitui "uma imensa população ao mesmo tempo europeia e asiática".

Blatter considerou "uma loucura" pensar que a escolha da sede desses dois Mundiais esteja vinculada a interesses econômicos e afirmou que se tivesse sido por dinheiro, o candidato vencedor teria sido os Estados Unidos.

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