terça-feira, 30 de novembro de 2010


Broadwood Stadium, na Escócia: Clyde e Queen's Park não puderam jogar

Neve, frio abaixo de 0, 100 mil pagam para ver reservas no país do futebol
por Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN.com.br
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West Ham 4 x 0 Manchester United, jogo em Upton Park, estádio que comporta 35.303 torcedores. Pagaram ingressos 33.551. A média de público no campo dos Hammers é de 31.394 por partida, na temporada. Simultaneamente, o Arsenal fez 2 a 0 no Wigan diante de 59.525 pagantes. O Emirates Stadium possui 60.355 lugares e recebe, por jogo, 59.971.

Foram, então, 93.522 que desembolsaram algumas libras para ver esses dois jogos numa congelante noite em Londres, sob neve, que adiou 35 jogos no Reino Unido e Irlanda nesta terça-feira. A temperatura enquanto a bola rolava chegou a zero grau Celsius, com previsão de até 5 graus negativos nas horas seguintes, ou seja, a volta para casa ainda mais fria.

Isso tudo aconteceu em partidas que sequer eram da Premier League, a competição mais importante do país. Foram cotejos da Carling Cup, a Copa da Liga, de menor importância entre os três certames domésticos que os maiores times ingleses disputam. E os técnicos escalaram vários, mas vários reservas nesses compromissos, poupando titulares, claro.

É evidente que o torcedor inglês conta com melhor estrutura nos estádios e no deslocamento até eles. Tem maior poder aquisitivo e segurança nas ruas em relação ao brasileiro, por exemplo. Mas de qualquer forma é impressionante que dois jogos secundários disputados sob temperatura baixíssima e debaixo de neve atraiam cerca de 100 mil fãs.

As partidas em questão só foram disputadas porque os gramados dos estádios mais aparelhados contam com sistemas de aquecimento que não deixam a grama ficar alva, mesmo com os flocos brancos caindo insistentemente sobre ela. Lá, o frio fica no ar, pois o torcedor não deixa de esquentar seu time de jeito algum. O Brasil é o país dos craques. A Inglaterra é o país do futebol.

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