segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Retrospectiva: Coadjuvantes, brasileiros vivem frustração em diferentes níveis

O Brasil voltou a ser terra de coadjuvantes na Fórmula 1 em 2010. Depois de dois anos com pilotos disputando – e perdendo – o título, o país teve quatro representantes na temporada deste ano.

Nenhum deles conseguiu se destacar entre os grandes nomes do Mundial e todos acabaram o campeonato com alguma frustração. Cada um com seus problemas.

Para Felipe Massa, o momento era de retomar a carreira depois do grave acidente nos treinos para o GP da Hungria de 2009. E a temporada não começou ruim, com um segundo lugar na primeira etapa do ano, no Bahrein.

O brasileiro chegou até a liderar o campeonato após a segunda corrida, mas perdeu rendimento e caiu de vez após o GP da Alemanha, quando teve de dar passagem a Fernando Alonso. Dali em diante, Massa conseguiu apenas dois pódios e sumiu da briga pelas primeiras posições.

Rubens Barrichello, o mais experiente dentre todos os pilotos do grid da Fórmula 1, foi o brasileiro que menos teve de que reclamar em 2010. O carro da Williams não era como ele esperava, é verdade, mas o veterano soube trabalhar com o que lhe foi oferecido e terminou a temporada com 47 pontos, 25 a mais que seu companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, campeão da GP2.

Envolto em uma expectativa gigantesca devido a seu sobrenome, Bruno Senna chegou começou a ter problemas antes mesmo do início da temporada. O sobrinho de Ayrton Senna assinou contrato com a Campos, equipe tradicional nas categorias de acesso. Mas o projeto ruiu e foi vendido para outro grupo. A Hispania foi à primeira prova do ano sem ter feito testes, e o resultado foi visto na pista. Ao longo do ano, Bruno abandonou nove provas e teve como melhor resultado um 14º lugar.

Sem o sobrenome famoso, mas com uma história vitoriosa em categorias inferiores, Lucas di Grassi chegou à Fórmula 1 como uma espécie em extinção: talvez seja o último dos pilotos brasileiros com formação no automobilismo do país. Mas todo o bom retrospecto não resolveu os inúmeros problemas da Virgin, outra equipe novata. Di Grassi conseguiu completar dez provas e teve como melhor resultado também um 14º posto.

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