quinta-feira, 9 de dezembro de 2010



Goiás leva 3 no 1º tempo, joga bem, mas perde título nos pênaltis

2010 será um ano a ser esquecido pela torcida do Goiás. Rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, o clube brasileiro viu escapar o título da Copa Sul-americana. Após vencer o Independiente por 2 a 0 no Serra Dourada, a equipe esmeraldina sofreu derrota por 3 a 1 no tempo normal e caiu na cobrança de pênaltis por 5 a 3 em jogo realizado nesta quarta-feira, no estádio Libertadores de América, em Avellaneda.

Desta forma, o Internacional segue como o único brasileiro campeão do torneio sul-americano. Já o Independiente é o quarto clube argentino a conquistar a Copa. Na primeira edição, em 2002, o San Lorenzo levou a melhor. Papa-títulos da América do Sul, o Boca Juniors faturou por duas vezes a Sul-americana, em 2004 e 2005. Em 2007 foi a vez do Arsenal de Sarandí levantar a taça.

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O placar foi aberto pelos donos da casa aos 20 minutos do primeiro tempo. Rodriguez cruzou bola pela direita. Matheu dominou no meio da área e chutou para defesa de Harlei, mas Velasquez pegou a sobra e marcou o primeiro gol do jogo.

Dois minutos depois, Wellington Saci teve espaço pela esquerda para avançar e tocou a bola para Rafael Moura. O artilheiro da Copa Sul-americana cabeceou no contra-pé do goleiro Navarro, empatando a partida.

Aos 28, Mareque tentou o passe em profundidade. O zagueiro Ernando cortou a bola com um chute, que pegou em Parra. O rebote encobriu Harlei, que nada pode fazer para evitar um estranho gol. O 3 a 1 veio aos 35, quando Rodriguez cruzou bola pela esquerda. Marcão e Parra disputaram pelo alto e, caído no chão, o argentino conseguiu completar a bola para ampliar a vantagem dos donos da casa.

No segundo tempo, o Goiás levou mais perigo. Rafael Moura teve pelo menos duas grandes chances para marcar o gol do título, porém esbarrou no goleiro Navarro. No tempo extra, o placar persistiu. No segundo tempo da prorrogação, o Goiás chegou a marcar um gol com Marcão, porém Rafael Moura, em cima da linha do gol, invalidou o lance por estar impedido e participar da jogada.

O JOGO

A partida começou com certa pressão do Independiente, aproveitando-se do posicionamento excessivamente defensivo dos goianos, que pouco se preocupavam em atacar. Os anfitriões, porém, não conseguiam entrar na área adversária tocando a bola, sempre esbarrando nos três zagueiros do rival.

Porém, aos 18 minutos, após falta boba cometida na entrada da área por Marcão, os argentinos cobraram em jogada ensaiada, Matheu acertou belo chute de primeira, mas parou em Harlei. Mas, no rebote, não teve jeito, e Velázquez fez o gol.

Quando tudo se encaminhava para uma pressão insustentável dos donos da casa, um lampejo de futebol esmeraldino. Wellington Saci desceu bem pela esquerda e cruzou na cabeça de Rafael Moura, que tocou muito bem e mandou no ângulo de Navarro, empatando a partida.

Na comemoração, bombas explodiram no banco do Goiás, dando o tom de pressão da torcida. Após a igualdade, os brasileiros voltaram a recuar e não corriam riscos até um lance inusitado. Depois de uma enfiada de bola, Ernando cortou, mas a bola acabou batendo em Parra e encobriu Harlei, fazendo o segundo dos argentinos.

Dez minutos mais tarde, em outro lance muito estranho, o terceiro dos rojos. Parra disputou bola com Marcão e, sentado, conseguiu desviar a bola, tirando o goleiro goiano do lance e levando o duelo empatado para o intervalo. Em meio à tudo isso, muita confusão e catimba no Libertadores de América, com três amarelos para o time da casa.

No segundo tempo, muita briga e mais equilíbrio. Os goianos foram melhores na primeira parte, perdendo mais a bola no ataque e tendo até um gol anulado de Otacílio Neto. Ainda quase marcaram uma quase pintura de Rafael Moura, que limpou dois adversário e só parou em boa defesa de Navarro.

Pior na partida, o Independiente apostava nas bolas aéreas, mas esbarrava numa defesa mais tranquila e muito mais sólida dos esmeraldinos. Enquanto isso, Artur Neto colocava mais jogadores ofensivos, ampliando o domínio e vendo seu time dar o tom da partida. Mas o fato é que, até os 35 minutos, pouco aconteceu.

Aos 39, Rafael Moura girou bem e bateu de canhota no canto direito de Navarro, que fez mais uma boa defesa. Com o final se aproximando, o duelo ficava cada vez mais tenso. O Goiás, melhor na partida, ameaçava sempre que chegava com Rafael Moura, mas não conseguia chances muito agudas.

A última, e mais clara, foi quando Marcelo Costa desviou cobrança de lateral e Rafael Moura, livre de marcação, perdeu o gol que poderia dar o título ao Goiás no tempo normal. Mas não teve jeito, prorrogação em Avellaneda.

No tempo extra, os dois times se mostraram muito cansados. Porém, as melhores chances seguiram do Goiás, que ameaçou com Everton Santos e Felipe, mas parou em mais boas intervenções de Navarro.

No segundo tempo, mais boas chances para os goianos. Primeiro Rafael Tolói cabeceou sem goleiro, mas mandou na trave. Depois, Marcão aproveitou cobrança de escanteio e marcou, mas estava em impedimento. Porém, muito cansados, os times praticamente se arrastaram até os pênaltis.

Nas penalidades, grandes cobranças, e apenas uma falha. No sexto pênalti, Felipe bateu na trave, e viu os argentinos não errarem mais nada, sagrando-se campeões da Sul-americana.

FICHA TÉCNICA:
INDEPENDIENTE (5) 3 X 1 (3) GOIÁS

Local: Estádio Libertadores de América, em Avellaneda (Argentina)
Data: 08 de dezembro de 2010, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Oscar Ruiz (Colômbia)
Auxiliares: Abraham González e Humberto Clavijo (ambos colombianos).
Cartão amarelo: Tuzzio, Mahteu, Velázquez e Navarro (IND); Tolói e Rafael Moura (GOI)
Gols: INDEPENDIENTE:Velázquez aos 19, Parra aos 24 e 34 do primeiro tempo
GOIÁS: Rafael Moura aos 21 do primeiro tempo
PÊNALTIS: Converteram: Velázquez, Parra, Gracián, Matheu e Tuzzio (IND); Converteram: Tolói. Everton Santos e Rafael Moura Perdeu: Felipe (GOI)

INDEPENDIENTE: Navarro, Velázquez. Tuzzio, Matheu e Mareque; Cabrera, Battión, Fredes (Maximiliano) e Martínez (Gómez); Patrício Rodrígues (Gracián) e Parra
Técnico: Antonio Mohamed

GOIÁS: Harlei, Rafael Tolói, Ernando e Marcão; Douglas (Everton Santos), Amaral, Carlos Alberto, Marcelo Costa e Wellington Saci; Otacílio Neto (Felipe) e Rafael Moura.
Técnico: Artur Neto

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