PARANÁ: Até a luz no fim do túnel já "abandonou" o TricolorTricolor aposta em uma base frágil e em reforços em sua maioria deconhecidosCuritiba, PR, 18 (AFI) – O futuro do Paraná não parece muito animador no Campeonato Brasileiro da Série B. Abatido pelo vexatório rebaixamento no Paranaense, o Tricolor aposta em uma base frágil e em reforços em sua maioria deconhecidos para disputar a competição nacional. Ingredientes perfeitos para uma campanha ruim.

A queda no Estadual caiu como uma “bomba” na Vila Capanema. A atual diretoria virou alvo de protestos da principal organizada, a Fúria Independente, e a crise se instalou no clube. A pressão que gira em torno dos dirigentes e do próprio técnico Ricardo Pinto (foto) não alteraram o cenário no time.

A falta de recursos financeiros impedem que o clube monte uma equipe competitiva para a Série B. A maioria dos reforços anunciados são desconhecidos e vêm do interior paranaense ou do interior paulista. Um dos poucos destaques são o goleiro Zé Carlos, quer era reserva no Avaí, e o meia Jéfferson, que se destacou pelo Ituano.

Para piorar a situação, o atacante Kelvin, de apenas de 17 anos, pode deixar o clube na janela de transferências para o mercado europeu. Uma das poucas heranças boas da atual diretoria, o jogador despertou interesse de vários clubes, inclusive do exterior. Entre eles, o Porto.

A menos que aconteça um milagre, tudo indica que o Tricolor da Vila vai lutar para permanecer na Série B. A esperança fica para que, por uma obra do destino, o time encaixe ou então o atacante Kerlon, que já defendeu Cruzeiro, Inter de Milão-ITA e Ajax-HOL, ressurja das cinzas.

O CARA: Kerlon
O fato de Kerlon (foto) ser o cara mostra a dura vida de Ricardo Pinto no Paraná. Com elenco modesto nas mãos do treinador, o “Foquinha” surge como uma possível estrela solitária. Atualmente com 23 anos, Kerlon despontou como grande promessa na Raposa, chegando a defender as seleções brasileiras de base. Vítima de graves lesões, o jogador entrou em um declínio assustador nos últimos anos.

OLHO NELE: Kelvin
O garoto de ouro de 17 anos é uma das grandes apostas do Paraná para ganhar um fôlego financeiro no meio do ano. Kelvin é um dos poucos jogadores que podem surpreender positivamente neste elenco tricolor. Uma pena que sua vida na Série B deva durar pouco mais de dois meses.

COTAÇÃO FI: Guilhotina (degola à vista)
Diante de tantos problemas já elencados, fica praticamente impossível não apontar o Paraná como um dos candidatos à luta contra o rebaixamento. A salvação para o Tricolor, caso o time confirme as expectativas negativistas, é que a Série B deste ano, pelo menos a princípio, parece estar com um baixo nível técnico.

FICHA TÉCNICA:

Nome do clube: Paraná Clube
Fundação: 19/12/1989
Estádio: Vila Capanema (capacidade para 24.083 pessoas)
Presidente: Aramis Tissot
Principais títulos: 7 Paranaenses e 1 Série B (1992)
Posição na Série B 2010: 7º colocado
Time-base: Zé Carlos; Henrique, Cris, Luciano Castán e Lima; Serginho, Anderson, Oliveira e Wellington; Kelvin e Léo

Técnico: Ricardo Pinto