sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Humilhada e sem Copa, Inglaterra ataca Fifa e questiona processo de escolha

A indicação da Rússia como sede da Copa do Mundo de 2018 deixou os países da Europa Ocidental enfurecidos. Em especial a Inglaterra. Nesta sexta-feira, o chefe da candidatura do país não revelou os nomes dos membros da Fifa que o teriam traído, mas disparou contra a entidade e o processo de escolha.

Na quinta à noite, líderes do projeto inglês acusaram pessoas com poder de voto do Comitê Executivo de terem voltado atrás em suas decisões. O berço do futebol acabou recebendo apenas dois votos e foi eliminado logo na primeira votação, o que foi classificado pela mídia do país de humilhação.

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"Ainda é muito difícil entender o que aconteceu. Não vou indicar nomes, mas individualmente membros [do Comitê Executivo da Fifa] prometeram votar em nós e não o fizeram", afirmou Andy Anson, responsável pela pleiteação inglesa, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira.

Anson ainda aconselhou o país a não se candidatar mais caso o processo de escolha da Fifa não seja alterado e revelou que membros do Comitê Executivo têm dado como justificativa a ele que a mídia do país atrapalhou a candidatura. "Eles estão dizendo que nossa mídia nos matou, mas não acredito nisso nem por um minuto", seguiu.

Em outubro, o jornal inglês "Sunday Times" publicou reportagem na qual gravou encontros com dois membros da Fifa com poder de voto negociando suas indicações. Nesta semana, a BBC revelou mais sujeira, desta vez com recebimento de dinheiro de integrantes da entidade pela ISL, antga empresa parceira da mesma. Ricardo Teixeira seria um dos beneficiados.

"Eu diria agora para não perdermos tempo [com outra candidatura] até sabermos que o processo de escolha vai mudar e permitir que candidaturas como a nossa possam ganhar", desabafou Anson. Para ele, Inglaterra, Estados Unidos e Austrália tinham os melhores projetos tecnicamente. As duas últimas também foram preteridas para 2022, que teve o Catar escolhido como país-sede.

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