sábado, 25 de dezembro de 2010

ESPECIAL SÉRIE B: Paulistas fracassam e tradicionais fazem a festaCoritiba, Figueirense, Bahia e América-MG comemoraram o acesso para a elite
Campinas, SP, 25 (AFI) - Com seis representantes, o Estado de São Paulo tinha pelo menos a obrigação de colocar um time na elite do Campeonato Brasileiro de 2011, mas o objetivo foi por água abaixo. Melhor para Coritiba, Figueirense, Bahia e América-MG que foram os donos das quatro melhores campanhas da Série B e puderam comemorar o tão sonhado acesso após 38 rodadas e quase sete meses de disputa.


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Dono da melhor campanha, o Coxa comemorou não só o acesso, mas também o título da Série B. O feito aconteceu justamente um ano depois da terrível queda no Brasileirão, quando empatou em casa com o Fluminense e viu seus torcedores, revoltados, destruírem o Estádio Couto Pereira e travar uma verdadeira guerra campal com os policias dentro de campo. No entanto, a campanha de 2010 serviu para apagar qualquer lembrança do passado e teve como principal responsável o técnico Ney Franco, que prometeu levar o time paranaense de volta a elite. Depois de cumprir o objetivo, seguiu para comandar as categorias de base da Seleção Brasileira.

Devido aos incidentes de 2009, o Coritiba ficou quase o primeiro turno todo sem poder atuar no Couto Pereira, mandando seus jogos assim para Joinville. Mesmo longe de casa, conseguiu grandes resultados, mas foi na volta para Curitiba que iniciou a arrancada rumo ao título e ao acesso. Com saudades do time, a torcida compareceu em peso e empurrou o Coxa para a elite. Depois, foi só comemorar mais um campeonato conquistado.

Quem também fez uma campanha de tirar o chapéu foi o Figueirense, que contou com a experiência do atacante Reinaldo e apostou em jovens promessas como William, Roberto Firmino entre outros. Sob o comando de Márcio Goiano, o clube catarinense sempre esteve brigando pelas primeiras colocações e acabou terminando a Série B na vice-liderança, com 67 pontos conquistados.

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Apoiado pela sua imensa torcida, tanto que teve a melhor média de público da Série B, o Bahia fez Salvador ter o carnaval de 2011 antecipado. Depois de começar com Renato Gaúcho no comando, o Tricolor se acertou com Márcio Araújo e sempre brigou pelo acesso. No entanto, alguns tropeços inesperados em casa quase acabaram prejudicando a grande campanha que o time realizou, terminando na terceira colocação, com 65 pontos.

Surpresa?
Após conquistar o acesso para a Série B em 2009, o América-MG entrou na competição com uma certa desconfiança, não só por parte de seus torcedores, mas também de toda a imprensa. Com um elenco bastante experiente, contando com jogadores como Fábio Junior, Euller, Irênio e Flávio, o Coelho foi o que mais sofreu para conquistar o acesso. O objetivo só foi alcançado na última rodada, ao empatar com a Ponte Preta em pleno Moisés Lucarelli. A torcida compareceu em bom número no estádio do adversário e fez a festa após o apito final, comemorando a volta à elite depois de nove anos.

Fracasso paulista
Mesmo com seis clubes, o futebol paulista não conseguiu colocar nenhum na elite do Brasileirão de 2011. Muito pelo contrário. Apenas a Portuguesa brigou até a última rodada com o América-MG para conquistar o acesso, ficando a apenas um ponto de atingir o objetivo. A vaga no G4 só não foi alcançada pelo fato da diretoria ter demorado para demitir Vadão, já que seu antecessor, Sérgio Guedes, fez uma campanha digna de times que brigaram pelo título. A diferença para o Coelho foi de apenas um ponto.


Sem dúvidas nenhuma, uma das maiores decepções desta Série B foi a Ponte Preta. Nas primeiras rodadas, fez uma campanha medíocre e foi para a Copa do Mundo muito próxima da zona do rebaixamento. No entanto, aproveitou bem a intertemporada e voltou surpreendendo a todos, conquistando seis vitórias seguidas e chegando a brigar pela liderança ainda nas primeiras rodadas do segundo turno. Porém, acumulou diversos jogos sem conquistar um resultado positivo e terminou na melancólica 14ª colocação, a apenas dois pontos da zona de rebaixamento.

Completando o fracasso paulista, o Santo André, que teve um grande primeiro semestre, conquistando o vice-campeonato paulista, perdeu muitos jogadores importantes - Branquinho, Bruno Cesar, Carlinhos, Nunes e Rodriguinho - e sofreu uma grande reformulação em seu elenco. Com várias mudanças na comissão técnica, amargou o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Ainda falando dos paulistas, o Bragantino fez uma campanha razoável e terminou na oitava colocação, tendo a melhor defesa da Série B ao lado do Figueirense. O São Caetano foi apenas o décimo colocado, enquanto o Guaratinguetá escapou da última rodada, ao vencer o Coritiba fora de casa. Aliás, esse foi o campeonato de despedida do Guará, que deixou o Vale do Paraíba e se transferiu para Americana, no Interior do Estado de São Paulo, passando a se chamar Americana Ltda.

Rebaixados
Se as torcidas de Coritiba, Figueirense, Bahia e América-MG comemoraram, o mesmo não se pode dizer dos torcedores de Brasiliense, Santo André, Ipatinga e América-RN, que acabaram sendo rebaixados para a Série C do Campeonato Brasileiro. A grande surpresa foi o Brasiliense, que contou com jogadores experientes como Aloísio Chulapa, Deda e Iranildo, mas não conseguiu correr atrás do prejuízo. Campeão brasileiro com o Flamengo no ano passado, Andrade assumiu o Jacaré nas últimas rodadas e por muito pouco não livrou o time da degola.


O América-RN esteve desde as primeiras rodadas na zona de rebaixamento e o seu destino não poderia ter sido outro: degolado e lanterna. Nem mesmo os 21 gols do atacante Alessandro, sendo artilheiro pela segunda vez da Série B, acabaram livrando o Ipatinga do rebaixamento. Quem surpreendeu mesmo foi o Vila Nova, que ficou quase toda a Série B entre os quatro piores, mas conseguiu uma arrancada fantástica depois da chegada do técnico Ademir Fonseca, com seis vitórias seguidas - igualando ao recorde da Ponte Preta nesta edição. O Tigre terminou com a mesma pontuação que o Brasiliense, mas escapou da Série C devido ao número de vitórias - 13 contra 12.

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