segunda-feira, 14 de junho de 2010



Inglaterra 1 x 1 EUA - Goleirão entrega o ouro e sai a 1ª zebra!
Campinas, SP, 12 (AFI) - A sensação foi de decepção. Assim, os milhares de ingleses que lotaram as arquibancadas deixaram o Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo, na estreia do Grupo C da Copa do Mundo. Apontada como favorita ao título ao lado de Argentina, Brasil e Espanha, a Inglaterra mostrou um time sem criatividade e esbarrou na forte marcação dos Estados Unidos, no empate, por 1 a 1, na tarde deste sábado.

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O resultado volta a colocar uma pulga atrás da orelha dos inventores do futebol. Isso porque a equipe mais uma vez entra em campo ostentando o favoritismo, mas, de novo, exibe uma atuação abaixo da média. Agora, a pressão aumentará para os confrontos contra Argélia e Eslovênia.

Os norte-americanos, por outro lado, deixam o campo com a sensação de dever cumprido. Depois de segurarem aquela que deverá ser a líder do grupo, a seleção ianque dá um passo importante na briga pela segunda vaga com argelinos e eslovenos.

Tabu continua
Com o empate, o "English Team" continua sem saber o que é vencer os EUA em copsa do mundo. São dois jogos com um empate e uma derrota. O revés aconteceu em 1950, na Copa do Brasil. Na oportunidade, os europeus perderam por 1 a 0 o duelo que tornou-se um dos maiores feitos na história do futebol estadounidense.

Em toda história, entretanto, a vantagem continua sendo inglesa. Ao todo, as duas seleções se enfrentaram em dez oportunidades, com sete vitórias para a "Terra da Rainha, duas para os americanos e, agora, um empate.

Surpresas foram boas?
O técnico Fábio Capello surpreender na escalação inicial e a atuação das duas principais novidades acabou sendo determinante na atuação da Inglaterra. No gol, em vez do experiente David James, o treinador mandou a campo Robert Green. No meio, ele escalou o deconhecido Milner ao lado de Gerrard, Lampard e Lennon.

A nova formação parecia que daria certo. Logo aos três minutos, a Inglaterra conseguiu abrir o placar, em uma bela troca de passes. O atacante Heskey recebeu na entrada da área, fez o pivô e rolou para Gerrard. Este só teve o trabalho de deslocar o goleiro Howard e correr para a galera.

Depois do gol, porém, o jogo ficou bastante truncado. As duas defesas exerciam uma marcação muito forte e os times conseguiam criar algo apenas em bolas cruzadas na área. Somente aos 27, contudo, os norte americanos conseguiram dar algum susto. O meia Donovan cobrou falta na área e o zagueiro Onyewu cabeceou para a linha de fundo.

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... Não tão boas assim
A paciência de Capello com Milner durou apenas 31 minutos. Após entrar como elemento surpresa, o máximo que o jogador foi pegar pouco na bola, dar muitos espaços e ainda receber um cartão amarelo. Na vaga, entrou o meia do Manchester City Wright-Phillips, que era tido como titular.

No final da etapa, foi a vez da outra surpresa, o goleiro Green, dar o "ar da graça". O meia ianque Clint Dempsey arriscou um chute despretensioso da intermediária e o camisa 12 acabou falhando de forma bisonha. Após um chute fraco, ele não conseguiu segurar e viu a bola entrar lentamente.

Decepção inglesa
No segundo tempo, o "English Team" tentou impor seu ritmo de jogo e até poderia ter anotado o segundo gol. Antes dos dez minutos, os ingleses criaram duas grandes oportunidades. Na melhor delas, aos sete, Lennon encontrou Heskey livre. O atacante avançou em velocidade e chutou forte de frente para Howard, que encaixou sem dar rebote.

Com dificuldades para sair de trás, os norte-americanos se seguraram como puderam. Apesar do domínio inglês, os Estados Unidos quase chegaram à virada aos 20 minutos. Donovan recuperou a bola no meio e lançou o atacamte Altidore. O atacante bateu forte, mas Green faz boa defesa antes da bola bater na trave.

A seleção de Fábio Capello continuou a trocar passes no campo de ataque, no entanto, a forte marcação americana continuou prevalecendo. Quando a bola superava a retranca, o ataque errava a pontaria, como aos 29, quando Rooney mandou pela linha de fundo. Ou então Howard salvava. Aos 30, Rooney rolou para Wright-Phillips, que fez grande defesa.

Conforme o tempo passou, a pressão foi ficando cada vez maior. Mesmo com o domínio territorial, a Inglaterra apresentou um futebol pobre no setor de criação e não conseguiu superar a forte marcação adversária. Pior para a torcida inglesa, que teve de contentar-se com o empate magro.

Próximos Jogos
Na próxima sexta-feira, às 15h30, a Inglaterra volta a campo para enfrentar a Argélia, no Estádio Greenpoint, na Cidade do Cabo. Enquanto isso, os Estados Unidos jogam contra a Eslovênia, no mesmo dia, às 11 horas, no Estádio Ellis Park, em Joahnesburgo.

Ficha Técnica

Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos

Local: Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (BRA)
Cartões Amarelos: Milner, Carragher, Gerrard (Inglaterra); Cherundolo, DeMerit, Findley (EUA)
Gols: Gerrard aoss 3'/1T (Inglaterra); Dempsey aos 39'/1T (EUA)

Inglaterra
Robert Green; Glen Johnson, King (Carragher), Terry e Ashley Cole; Gerrard, Lampard, Milner (Wright-Phillips) e Lennon; Rooney e Heskey (Crouch).
Técnico: Fabio Capello

Estados Unidos
Howard; Cherundolo, Onyewu, DeMerit e Bocanegra; Bradley, Clark, Dempsey e Donovan; Findley (Buddle) e Altidore(Holden).
Técnico : Bob Bradley

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