Chile 1 x 2 Espanha - Que venha o time de Dunga!
Campinas, SP, 25 (AFI) - Assim como ocorrera em 1998, na França, o Chile será o adversário do Brasil nas oitavas-de-final da Copa do Mundo da África do Sul. A seleção chilena garantiu sua vaga de forma dramática, após perder para a Espanha, por 2 a 1, na tarde desta sexta-feira, no Estádio Loftus Versfeld, em Pretória, pela última rodada do Grupo H.

Esta foi a primeira derrota chilena e do futebol sul-americano neste Mundial. Até hoje, o retrospecto de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile somavam dez vitórias e quatro empates. Apesar do revés, a Roja garantiu a segunda posição, com seis pontos. Dois a mais que a Suíça, terceira colocada.

Por outro lado, os espanhóis, após o tropeço na estreia contra os suiços, conseguiram a segunda vitória seguida e fugiram do confronto contra o Brasil. Com seis pontos e um gol a mais de saldo (2 x 1), ficaram na ponta.

O Chile enfrenta a Seleção na próxima segunda-feira, às 15h30 - horário de Brasília -, em Joanesburgo. Enquanto isso, a Espanha faz o clássico ibérico contra Portugal, na terça-feira, no mesmo horário, na Cidade do Cabo.

Chile surpreende
Embora enfrentasse uma das seleções com melhor sistema ofensivo do mundo, o Chile não mudou sua forma de jogar. Ao estilo do técnico Marcelo "El Loco" Bielsa, o time sul-americano assumiur o controle do jogo e foi ao ataque com muita velocidade.

Aos dez minutos, os chilenos quase chegaram ao primeiro gol. Isso não fosse a falta de pontaria do tacante Mark González. Após bela tabela com Valdívia, o meia Beausejour escapou pela direita e cruzou rasteiro. González pegou mal e mandou por cima do gol.

O Chile seguiu dominando os minutos seguintes, mas continuou cometendo o mesmo erro dos jogos anteriores: Pecava pela falta de objetividade. Parea ajudar, o árbitro mexicano Marco Rodriguez passou a distribuir cartões para a equipe chilena, alguns equivocadamente.

Bastou a primeira falha
A tática de Bielsa, de prender a bola para "se defender", deu certo até os 24 minutos. No primeiro
vacilo de sua defesa, a Espanha abriu o placar. O goleiro Bravo saiu mal do gol, para estourar uma bola na intermediária e jogou nos pés do atacante David Villa. Com categoria, o jogador bateu colocado, por cobertura, para marcar um golaço.

O gol aumentou ainda mais o domínio territorial da seleção chilena, que se abriu para buscar o
empate. Atuando como o Brasil, nos contragolpes, os espanhóis conseguiram ampliar em outra bela jogada de Villa. Aos 36, ele recebeu pela esquerda e rolou para trás. O meia Iniesta bateu colocado, no canto esquerdo de Bravo.

Para "ajudar" ainda mais os europeus, no lance do gol, Estrada acabou tropeçando no atacante Fernando Torres e acabou expulso. O juiz entendeu que o jogador tocou o adversário propositalmente e aplicou-lhe o segundo amarelo.

Cadê a reação?
No intervalo, "El Loco" fez duas alterações. Ele sacou Valdívia e Mark González e colocou Millar e
Paredes. As mudanças surtiram efeito. Pois logos aos dois minutos o Chile conseguiu diminuir. Millar recebeu de Alexis Sanchez, cortou para dentro e chutou da entrada da área. A bola bateu no zagueiro Piqué e encobriu o goleiro Casillas.

Após o gol esperava-se uma pressão chilena, mesmo que o time estivesse com um menos em campo. Foi aí que entrou a experiência da Espanha. Com um a mais em campo, a Fúria tratou de explorar seu bom toque de bola para esfrir os ânimos adversário.

Com muitas dificuldades para surprir este homem a menos, os sul-americanos ficaram presos ao campo de defesa. A seleção europeia, por sua vez, parecia cada vez mais perto do terceiro. O jogo, apesar da dramaticidade, seguiu sem gols até o final.

Ficha Técnica

Chile 1 x 2 Espanha

Local: Estádio Loftus Versfeld, em Pretória, na África do Sul
Árbitro: Marco Rodriguez-MEX
Cartões Amarelos: Medel, Ponce e Estrada (Chile)
Cartão Vermelho: Estrada (Chile)
Gols: Millar aos 2'/2T (Chile); David Villa aos 24'/1T e Iniesta aos 36'/2T (Espanha)

Chile
Bravo; Ponce, Medel e Jara; Isla, Estrada, Vidal e Valdívia (Paredes); Alexis Sánchez (Orellana), Mark González (Millar) e Beausejour
Técnico: Marcelo Bielsa

Espanha
Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla; Busquets, Xabi Alonso (Martinez), Xavi e Iniesta; Fernando Torres (Fábregas) e David Villa.
Técnico: Vicente del Bosque